Texto originalmente publicado em: 11/08/09
Ecoa enviará ofício ao Ibama solicitando informações sobre o processo de licenciamento para a obra apresentada na matéria abaixo e tema será parte da agenda com Ministério do Meio Ambiente.
Canal para transpor a ponte ferroviária, com grau acentuado de inclinação, exige manobras arriscadas e dispendiosas dos comboios. O novo canal projetado ficará perpendicular à ponte, diminuindo, sensivelmente, os riscos de colisão nos pilares.
Técnicos do Ibama realizaram inspeção no trecho do Rio Paraguai conhecido como Passo do Jacaré, junto à ponte ferroviária Eurico Gaspar Dutra, com a finalidade de subsidiar o termo de referência que norteará os estudos ambientais para futura intervenção no local, a ser executada pela Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai). O engenheiro Samuel Van Der Laan, chefe do Núcleo de Obras e Melhoramentos da Ahipar, reuniu-se recentemente com o Ibama, em Brasília, para tratar do termo de referência. A Ahipar aguarda o licenciamento ambiental para dragar o trecho, visando o alinhamento do canal do rio em relação ao vão central da ponte. O projeto está incluído no PAC (Programa deAceleração do Crescimento).
O atual canal para transpor a ponte, com grau acentuado de inclinação,exige manobras arriscadas e dispendiosas dos comboios, que são desmembrados por medidas de segurança. “A vistoria do Ibama constatou in loco o elevado risco de abalroamento das estruturas da ponte”,explicou Samuel Van Der Laan.
Segurança
As intervenções são necessárias, segundo o engenheiro, para garantir melhores condições de segurança e de navegabilidade na hidrovia. O novo canal projetado ficará perpendicular à ponte, diminuindo,sensivelmente, os riscos de colisão nos pilares e manobras radicais para controlar as embarcações na transposição.
A retificação é uma aspiração de longa data da Ahipar, que já concluiu os levantamentos batimétricos no Passo do Jacaré, atendendo também reivindicação dos usuários da via. A passagem dos comboios pela ponte sem desmembrar as barcaças reduzirá o tempo das viagens aos portos platinos e, consequentemente, o custo do transporte.