Após vários meses de incêndios e com mais de sete milhões de hectares devastados, o governo da Bolívia declarou a situação como “desastre nacional”, com validade de 9 meses. A medida entrou em vigor no dia 30 de setembro.
O vice-ministro da Defesa Civil, Juan Carlos Calvimontes, informou, segundo o Mongabay, que durante as patrulhas identificaram pessoas colocando fogo em locais proibidos para se apropriarem de terras.

A Ecoa identificou várias vezes este ano o trânsito do fogo ao longo da fronteira entre Brasil e Bolívia, situação que perdura até hoje, 4/10.

Copernicus. Gases tóxicos sobre a Bolívia em altos níveis
Imagens do satélite Copernicus Sentinel-5 Precursor (S5P) mostram a extensão da fumaça, e as leituras totais com altos níveis de NO2, particularmente sobre a Bolívia. NO2 é um gás tóxico proveniente da queima de hidrocarbonetos e seus efeitos principais sobre a saúde humana são o aumento da sensibilidade para a asma e a bronquite, principalmente em crianças, idosos e grupos com problemas respiratórios. Pesquisa na Califórnia indica a possibilidade de o gás estar relacionado à síndrome da morte súbita em recém-nascidos.
Bolívia teve neste ano as mais altas emissões já registradas
As emissões de incêndios florestais na Bolívia em setembro foram as mais altas no registro do Copernicus Atmosphere Monitoring Service (CAMS), da União Europeia, com mais de 30 megatoneladas, contribuindo para emissões recordes no ano de cerca de 80 megatoneladas, quase o dobro do recorde anterior, estabelecido em 2010.
