Indígenas passam frio, fome e sede em aldeias

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Muitos indígenas ainda vivem em situação precária, passando frio em barracos de lona nas aldeias.

Falta de moradias apropriadas e de água são alguns dos problemas enfrentados no dia a dia das aldeias em Dourados

Índios estão passando frio, sede e fome nas aldeias de Dourados. Com as temperaturas baixas, mais de 1.500 famílias que não tem casa e que residem debaixo de lonas, são os que mais sofrem. Para o cacique da Aldeia Jaguapiru, Vilmar Martins, é preocupante a situação dessas famílias, que vivem em péssimas condições embaixo dos barracos de lona.

Além de enfrentarem o frio nas moradias precárias, há falta de doações de agasalhos e cobertores e cestas básicas. “A situação é bem complicada. O Hospital da Missão que sempre ajuda, mas ainda assim falta muito para suprir as necessidades de muitas famílias mais carentes, com mais crianças”.

A Aldeia tem ainda, mais um grande problema, que é o desabastecimento de água. “Há mais de 90 dias, estamos com falta de água e ninguém tem solução pra nada”, desabafou Vilmar. “A dificuldade é enorme, para fazer comida, a gente tem que ir ao corguinho que tem água suja ou pegar de um poço em que a água também é imprópria, chega a ser amarelada “, disse. Inclusive “para os alunos irem às escolas fica difícil, sem água para lavar roupas”, relatou o líder indígena.

“A gente vai na Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e eles falaram que quinta-feira vão colocar uma nova bomba no poço que deu problema, mas a bomba é pequena. Isso não resolve o problema, já que também o poço é raso, tem aproximadamente 140 metros de profundidade”. A solução, de acordo com Martins, seria mandarem fazer, pelo menos, mais dois poços com uma profundidade suficiente para alcançar o aquífero.

 

Muitos indígenas ainda vivem em situação precária, passando frio em barracos de lona nas aldeias.
Muitos indígenas ainda vivem em situação precária, passando frio em barracos de lona nas aldeias.

 

Temperaturas

Aviso meteorológico foi emitido alertando para o perigo potencial de risco à saúde por conta do declínio na temperatura, com a frente fria que deve se agravar intensidade a partir desta terça-feira (7), com declínio máximo de 2°C na sexta-feira.

Doações

Sensibilizado com a situação, já que a sensação térmica pode ficar abaixo de 0°C, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), O PROGRESSO se colocou a disposição para ser ponto de coleta de agasalhos e cobertores. Estaremos recebendo também galões de água, além de cestas básicas, ou alimento não-perecível. A sede fica localizada na Rua Presidente Vargas 447, centro, em frente a Praça Antônio João.

Fonte: O Progresso, em 07 de junho de 2016.
Por Dharana Torres

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