– Fumaça das queimadas pode provocar problemas cardíacos, pulmonares e mortes prematuras;
– Biodiversidade e solos são afetados diretamente;
– Riscos de acidentes nas estradas aumentam consideravelmente.
Entrou agosto e uma nevoa de fumaça toma conta de boa parte do País, resultante de queimadas que se espalham por diferentes biomas, como pode-se verificar por imagens de satélites. A parte oeste do Brasil, nas fronteiras com Paraguai e Bolivia, tem o quadro agravado pelo uso do fogo no campo também nesses países.
Antes de mais nada é preciso ter em conta que as queimadas produzem uma mistura de poluentes tóxicos que podem permanecer no ar muito tempo. Estes poluentes incluem monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dentre outros. Afora isso a fumaça é rica em material particulado fino, sendo a principal ameaça à saúde pública, o material particulado menor que 2,5 micrômetros de diâmetro, conhecido como PM 2,5.
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É o principal componente da fumaça. Quando inalado, o PM 2,5 penetra no pulmão e entra na corrente sanguínea, permanecendo no corpo por meses, e segundo pesquisas médicas, está ligado a doenças respiratórias, cardiovasculares e mortes prematuras.
Alguns óxidos componentes da fumaça reagem com as gotículas de água e podem promover a chamada chuva ácida.
O fogo ao longo das rodovias, no interior das propriedades marginais e nas faixas de domínio dessas rodovias, precisa de especial atenção, pois além dos problemas apontados anteriormente podem contribuir para acidentes pela redução drásticas da visibilidade dos motoristas.
Quanto a biodiversidade de diferentes ecossistemas, os danos causados pelas queimadas são amplamente conhecidos, promovendo alterações muitas vezes permanentes. Para a economia de cada proprietário que promove a queima o ganho pode ser de curto prazo, pois ocorre que o fogo, dependendo das condições do solo e climáticas pode trazer perdas a médio e longo prazo.