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Série Rotten apresenta fraudes no mel. Ecoa apresenta o mel puro do Pantanal sem veneno

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Na série Rotten, da Netflix, são apresentados os desarranjos, muitas vezes por razões criminosas, das cadeias de produção de vários alimentos. No episódio chamado “Não tão doce” surgem os complexos mecanismos de fraudes no mel comercializado nos Estados Unidos: a contaminação por pesticidas, o colapso das colmeias e a dura batalha dos apicultores para sobreviver em meio a tantas dificuldades.

O ponto de partida é a possibilidade de competir com os preços dos produtos vindos da Ásia, principalmente da China. Na base, fraude de xaropes doces misturados ao mel, fraudes essas que requerem análises sofisticadas para serem identificadas.

No Brasil, apesar do grande consumo de mel e mesmo exportação, o problema da mortandade de abelhas devido aos agrotóxicos é constante e quanto a fraudes não existe uma sistemática busca por identificação como mecanismo para proteger os produtores e consumidores.

Estudos realizados pela Universidade de Neuchâtel, na Suíça, identificam que em várias regiões do Brasil existem méis contaminados com os neonicotinóides, um veneno usado na agricultura e com fortes indicações de ser um dos responsáveis pelo conhecido colapso das colmeias, à exceção de regiões isoladas do Pantanal, cujos méis foram testados por solicitação da organização não governamental Ecoa e o resultado foi: zero veneno.

Na perspectiva de proteger os polinizadores, entre eles as abelhas, a Ecoa criou o Programa Oásis para o desenvolvimento de projetos e ações em regiões isoladas, onde os animais não são atingidos por agrotóxicos e os efeitos do desmatamento não se fizeram sentir completamente.

Neste processo, surge a produção de mel com o envolvimento de famílias ribeirinhas e proprietários rurais, para a um só tempo proteger os polinizadores e gerar renda através da apicultura, produzindo o Mel do Pantanal.

Mel puro do Pantanal – uma das regiões mais intocadas do mundo (Foto: Iasmim Amiden).

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