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Banco Interamericano de Desenvolvimento. Destaques da entrevista do presidente do BID, Ilan Goldfajn, em entrevista para o Brazil Journal. Mudanças no horizonte?

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Presidente do BID, Ilan Goldfajn. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Brasil, Amazônia, G20 e Bancos Multilaterais

– No começo do ano, o BID Invest recebeu um aumento de capital de US$ 3,5 bilhões e criou um novo modelo de atuação, que ajuda na originação dos projetos e depois delega ao mercado a captação de grande parte dos recursos.

– O BID está virando um banco multilateral com forte ênfase no setor privado, e a experiência de 65 anos trabalhando com os governos traz uma sinergia quase única.

Brasil

– O BID sempre foi o banco multilateral mais importante do Brasil. É recíproco, mas agora eu acho que as coisas estão crescendo ainda mais. No Brasil, o pipeline para 2025 é de R$ 20 bilhões.

– Amazônia. Há um programa forte na Amazônia, outro que empresta para pequenas e médias empresas desde que o CEO seja uma mulher. Ou seja, vai ter companhia de gênero, companhia de diversidade.

– O Brasil está crescendo um pouco mais rápido do que se imaginava nos últimos três, quatro anos. Será que isso tem a ver com o novo papel do país no investimento em energia renovável?

– A situação do emprego, que está melhorando, e a diminuição da pobreza também são questões relevantes. Outro tema importante para o Brasil é o da segurança alimentar e da distribuição de alimentos no mundo. Nesse sentido, a presidência do Brasil no G20 conseguiu perceber o espaço que tinha para propor uma aliança, uma vez que a questão da fome ainda existe.

G20. Conversamos com os participantes do G20, com os ministros dos países sobre qual é a reforma que eles querem. Basicamente, a ideia é como os bancos multilaterais podem ser “bigger, better e bolder”.

– Houve um trabalho olhando os balanços dos 12 bancos multilaterais, como o próprio BID, mais o Banco Africano, da Ásia, da Europa, dos BRICS. Muitas vezes é preciso administrar melhor o seu balanço para poder emprestar mais. E chegamos a um valor de mais de US$ 400 bilhões nos próximos 10 anos.

– Clima. Na COP 29, no Azerbaijão, os países ricos acabaram de anunciar que vão colocar US$ 300 bilhões para o financiamento climático. Os bancos multilaterais juntos vão responder por US$ 120 bilhões, uma parcela relevante de toda essa história. No ano passado, os recursos realizados no BID para o clima já foram 25% superiores ao do ano anterior.

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