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As cidades mais expostas a inundações até 2070

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Enchente na China (Foto: Reprodução/Integrate is Great)
Enchente na China (Foto: Reprodução/Integrate is Great)
Enchente na China (Foto: Reprodução/Integrate is Great)

Planeta Sustentável

Mais de um bilhão de pessoas estão expostas a inundações costeiras até 2070 devido à combinação do aumento do nível do mar e condições meteorológicas extremas. A projeção preocupante vem de um novo relatório da organização Christian Aid, que lista as cidades do mundo em maior risco de futuras inundações costeiras.

De acordo com projeções do estudo para o ano 2070, apoiadas pelo IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima, Calcutá e Mumbai, ambas na Índia, lideram a lista de cidades cujas populações estão mais expostas a inundações costeiras, com 14 milhões e 11,4 milhões de pessoas, respectivamente.

A maior parte das cidades na lista são da Ásia:

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Os Estados Unidos poderão pagar um preço elevado por suas emissões de carbono per capita, as maiores do mundo. Miami é a primeira da lista das cidades com maior impacto financeiro causado pelas inundações, com US$ 3,5 trilhões em ativos expostos e em terceiro lugar aparece Nova York, com US$ 2,1 trilhões ameaçados.

Guangzhou, na China, ocupa o segundo lugar com a exposição de ativos de US$ 3,4 trilhões:

ranking-enchentes-economiaO autor do relatório, Dr. Alison Doig, principal consultor de mudanças climáticas da Christian Aid, disse que os números devem servir de alerta antes da Cúpula Mundial da Ajuda Humanitária que ocorre na próxima semana em Istambul, nos dias 23 e 24 maio. “Estamos testemunhando a colisão entre o crescimento das áreas urbanas costeiras e as mudanças climáticas que tornam as inundações costeiras mais prováveis”, destacou.

Cruelmente, serão os pobres que sofrerão mais. Embora o custo financeiro para as cidades nos países ricos possa vir a ser incapacitante, as pessoas mais ricas, pelo menos, têm opções para se mudar e receber a proteção do seguro. Mas o que as evidências provam é que, de New Orleans até Dhaka, são os mais pobres que estão mais vulneráveis, porque eles têm a pior infraestrutura e não há redes de segurança social ou financeira para ajudá-los a se recuperarem”, acrescentou.

Antes da Cúpula Mundial da Ajuda Humanitária da próxima semana, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que seja dobrado o percentual de ajuda global investido na redução dos riscos de desastres. Isso elevaria a cifra para US$ 1 bilhão.

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