La Niña tem 65% de probabilidade de desenvolver-se durante Julho-Setembro, mantendo-se no inverno do Hemisfério Norte de 2024-25 (85% de probabilidade durante Novembro-Janeiro).
– Coletivamente, o sistema acoplado oceano-atmosfera refletia condições neutras do ENSO – EL NIÑO/SOUTHERN OSCILLATION (ENSO).
A seguir um resumo muito básico do relatório publicado pelo Climate Prediction Center (CPC) do National Oceanic and Atmosfheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos, no dia 14/06/2024.
A Ecoa acompanha as predições climáticas publicadas regularmente pelo CPC e de outros centros em busca de informações mínimas sobre a possibilidade de eventos climáticos extremos na América do Sul, com maior foco na bacia do rio da Prata e, nela, a sub-bacia do rio Paraguai, onde está o Pantanal.
Um registro importante: os grandes incêndios de 2020 no Pantanal ocorreram sob o signo do fenômeno La Niña.
O resumo básico.
Condições ENSO neutras retornaram durante o mês passado. As temperaturas da superfície do mar (TSM), quase abaixo da média, expandiram-se pelo leste do Oceano Pacífico equatorial (Fig. 1).
As temperaturas subsuperfície, abaixo da média, permaneceram praticamente inalteradas durante o mês passado (índice médio da área na (Fig. 3), com anomalias negativas persistindo na metade oriental do Pacífico (Fig. 4).
Coletivamente, o sistema acoplado oceano-atmosfera refletia condições NEUTRAS do ENSO.
As indicações são de que La Niña pode desenvolver-se durante os meses de julho-setembro de 2024, persistindo durante o inverno do Hemisfério Norte (Fig. 6). O desenvolvimento do La Niña está previsto agora para Julho-Setembro porque a taxa de esfriamento do Pacífico abrandou desde o mês passado. A equipe de previsão acredita que o La Niña surja em algum momento durante os meses de verão no Hemisfério Norte, dadas as temperaturas oceânicas de subsuperfície persistentes abaixo da média e as mudanças na circulação atmosférica tropical. Em resumo, condições ENSO neutras estão presentes. La Niña é favorecida para se desenvolver durante julho-setembro (65% de chance) e persistir no inverno do Hemisfério Norte de 2024-25 (85% de chance durante novembro-janeiro; Fig. (7).
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