Jardim da Independência, em Corumbá, tem obras dentro do cronograma

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Restaurador, Walter Rosas, fez o trabalho de recuperação das estátuas de mármore das Quatro Estações do ano e na do Antônio Maria Coelho (Foto: Divulgação/ Diário Digital)
Restaurador, Walter Rosas, fez o trabalho de recuperação das estátuas de mármore das Quatro Estações do ano e na do Antônio Maria Coelho (Foto: Divulgação/ Diário Digital)
Restaurador, Walter Rosas, fez o trabalho de recuperação das estátuas de mármore das Quatro Estações do ano e na do Antônio Maria Coelho (Foto: Divulgação/ Diário Online)

Segue dentro do cronograma estabelecido pela Fuphan a obra de requalificação do Jardim da Independência, localizada na área central de Corumbá. A intervenção, iniciada em 16 de junho do ano passado, é orçada em aproximadamente R$ 1,9 milhão e integra o PAC Cidades Históricas, com recursos provenientes do Governo Federal. A previsão de entrega é junho deste ano.

A requalificação e recuperação teve projeto desenvolvido pela equipe de arquitetos da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico. Seu conceito tem como objetivo preservar a praça como patrimônio histórico e cultural da cidade, melhorando a infraestrutura do local e, assim, permitir também o fortalecimento do turismo naquele espaço que fica encravado no complexo urbano da cidade, num perímetro que compreende as ruas 13 de Junho, Frei Mariano, 15 de Novembro e Dom Aquino Corrêa.

De acordo com a diretora-presidente da Fuphan, Maria Clara Scardini, o trabalho das equipes contratadas pelo município tem se baseado na recuperação histórica daquela praça. “Não retiramos elementos históricos de nenhum lugar, ao contrário. O que a gente tem feito é recuperá-los. No caso da praça da Independência, a gente se deparou com a estátua em bronze do Antônio Maria pintada com tinta óleo; as esculturas sujas, o parquinho e o coreto totalmente mal cuidados e a área sem iluminação adequada. Todos os elementos históricos não só permanecerão, como estão sendo restaurados. Veio um restaurador contratado. Estamos usando materiais e ferramentas adequados para a remoção de camadas e camadas de verniz e tinta que havia naqueles elementos históricos, prática que não se faz. Deve sim, tratar, limpar, fazer higienização e impermeabilização com materiais corretos. É o que estamos fazendo”, disse a este Diário.

O projeto de requalificação aprovado pelo IPHAN e Ministério da Cultura prevê destaque com iluminação adequada para o massa-terra, estátuas, os lagos, as pontes e o coreto.

Diretora-presidente da Fuphan explicou que serviço tem se baseado na recuperação histórica do patrimônio da praça (Foto: Divulgação/ Diário Digital)
Diretora-presidente da Fuphan explicou que serviço tem se baseado na recuperação histórica do patrimônio da praça (Foto: Divulgação/ Diário Online)

Para isso, um novo projeto de iluminação, mais eficiente e econômico, será instalado na praça. Vale observar que os postes hoje instalados ali são imitações de peças do início do século passado e que não são característicos do projeto inicial. Foram colocados na década de 90 quando a praça ganhou também os revestimentos de pedras brancas, pretas e os temas indígenas identificados em diversas partes do piso. O calçamento original era de saibro batido.

Nem os postes, nem o piso petit pavê (também conhecidos como pedra portuguesa) e tão pouco os mosaicos kadiwéus são originais. Como o próprio Iphan constatou na fase anterior do projeto, o Jardim da Independência é de um estilo conhecido como Glaziou e remete aos jardins imperiais do século XIX. Ainda sobre a retirada do piso, trabalho que começou na semana passada, a medida é necessária para que seja feito o cabeamento dos fios de energia, que será todo subterrâneo, e implantado um novo sistema de irrigação automatizada.

A construção da praça da Independência começou em 1915 e a ideia inicial era abrigar o zoológico da cidade, prática comum em muitos centros urbanos em outras regiões mais populosas do mundo. Foi inaugurada em 1917, embora no mapa da cidade de Corumbá (retirado do Álbum Graphico, editado em 1914), este espaço já fosse denominado praça da Independência.

Fonte: Diário Online

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