//

Diversificação do turismo intensifica economia de Corumbá

5 minutos de leitura

Campo Grande News

Diversificação no turismo faz com que atividade seja uma das principais receitas de Corumbá. (Foto: Divulgação)
Diversificação no turismo faz com que atividade seja uma das principais receitas de Corumbá. (Foto: Divulgação)

Visto como um dos principais destinos de pesca esportiva por décadas, Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, diversificou no turismo e começou a explorar recursos naturais e históricos. Isso faz com que a atividade seja uma das principais receitas do município, que gerou economia de R$ 318 milhões em um ano. Expandindo as possibilidades turísticas do município, Corumbá vai sediar em abril, o primeiro Adventure Week no Brasil.

Para o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, o evento pode ser considerado um novo momento para o turismo de natureza e a aposta no segmento é para recuperar a fragilizada economia local refém do mercado do boi e do minério.

“A conquista do Adventure Week mostrou que estamos na direção certa, ou seja, diversificando a atividade com a exploração dos nossos recursos naturais e históricos e fortalecendo um setor que tem capacidade e potencial para ser um dos esteios da nossa economia”, alega.

Depois de mais de 30 anos de atividade voltada somente para a pesca, empresários de barcos-hotéis diversificaram a oferta de produtos, com o suporte técnico da prefeitura,e hoje operam o ano todo.

Já estão na prateleira do mercado turístico nacional e internacional os cruzeiros fluviais, voltados para as atividades de ecoturismo e aventura. Eventos radicais como o Pantanal Extremo e o Pantanal Adventure Race Championshisp, que reuniu atletas de 22 países em 2015, também despertaram o Brasil e o mundo para as belezas naturais da região.

Empresários de Corumbá estão mudando o foco e diversificando no turismo, o que atrai visitantes de todos os lugares do mundo. (Foto: Divulgação)
Empresários de Corumbá estão mudando o foco e diversificando no turismo, o que atrai visitantes de todos os lugares do mundo. (Foto: Divulgação)

Através de projetos grandiosos, como o tombamento e recuperação do centenário casario, a reurbanização do porto geral e transformação da extinta Portobras em um centro de convenções, à beira do Rio Paraguai, a cidade passou a valorizar sua história e voltar-se para sua maior vocação: o turismo de natureza.

Para a presidente da Fundação de Turismo, Hélènemarie Dias Fernandes, Corumbá tem muito a comemorar pelos avanços turísticos, nos últimos três anos. “Durante todo o ano passado, o município movimentou um total de R$ 318 milhões na economia local, o que representa mais de 11% na participação do PIB corumbaense. Hoje as políticas e tomadas de decisão são subsidiadas por estatísticas”, afirma.

Com a nova rota aérea implantada em agosto de 2015, ligando Corumbá a Campinas, um grande hub distribuidor e emissor de turistas observou-se uma ocupação acima de 70% e uma demanda crescente de estrangeiros de 48% no primeiro trimestre de operação, entre agosto a novembro de 2015.

corumba-turismo-paisagem
Foto: Alcides Faria

Somente nos primeiros 15 dias de janeiro de 2016, segundo divulgou a prefeitura, o aumento na ocupação aérea já é de 32% a mais que em 2015 no mesmo período. A cidade perdeu voos, no passado quando trabalhava apenas a pesca esportiva, de março a outubro, por falta de passageiros.

Evento internacional – O Adventure Week, realizado pela ATTA (Adventure Travel Trade Association) acontece de 6 a 16 de abril, em Corumbá e Bonito. É um evento internacional de negócios e promoção dos destinos a serem trabalhados nos países emissores.

As cidades receberão 15 operadores e cinco jornalistas norte-americanos e europeus, que vão conhecer e vivenciar as belezas naturais com roteiros de ecoturismo e aventura, incluindo, em Corumbá, cruzeiro fluvial, bike na Estrada-Parque, monumentos históricos e festas populares.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Água. O Brasil em crise.

As 5 grandes bacias hidrográficas brasileiras estão sob decreto de “escassez hídrica”, segundo a ANA (Agência