Quem passar pela Avenida Prestes Maia, que fica de frente para a rua 25 de março, no centro de São Paulo, verá uma belíssima homenagem aos brigadistas que vêm combatendo incêndios no Pantanal, Amazônia e Cerrado.
O mural desenhado com aquarela de cinzas pelo artista plástico Mundano é uma releitura da obra “O lavrador de café” (1934), de Cândido Portinari. “Além do brigadista no lugar do lavrador, há um esqueleto de jacaré sobre um chão trincado – visto no Pantanal seco – onde, na obra de Portinari, havia um montinho; ao fundo, caminhões levando toras de madeira, ao invés de um trem. Por fim, no céu, a fumaça que parece formar nuvens também deixa uma mensagem”, diz o jornal Folha de S. Paulo.
Os brigadistas voluntários do Pantanal – em brigadas formadas pelo Prevfogo/Ibama com articulação da Ecoa e do WWF-Brasil – vêm atuando com mais força desde setembro, quando o fogo se alastrou com maior rapidez pela região. A falta de chuvas e a maior seca que o Pantanal vem passando nos últimos 50 anos intensificou os danos causados, como a destruição da casa da pescadora Damiana, em Corumbá (MS), a quase destruição da escola pública do Paraguai-Mirim (Pantanal), a destruição de vegetação na Área de Preservação Permanente (APP), localizada às margens do rio Miranda (MS), e os 1.432.000 hectares queimados no Pantanal – um número menor do que o do ano passado (4,5 milhões de hectares queimados), ainda assim preocupante.
Homenageamos os brigadistas pantaneiros com algumas imagens deles em ação este ano.