O mel mais puro do mundo.
Assim pode ser classificado o mel produzido na região da Serra do Amolar, na fronteira entre Brasil e Bolívia. O trabalho é realizado por famílias ribeirinhas com incentivo da Ecoa por meio do Programa Oásis.
Estudos realizados pela Universidade de Neuchâtel, na Suíça, identificam que em várias regiões do Brasil existem méis contaminados com os neonicotinóides, um veneno usado na agricultura e com fortes indicações de ser um dos responsáveis pelo conhecido colapso das colmeias, à exceção de regiões isoladas do Pantanal, cujos méis foram testados por solicitação da Ecoa e o resultado foi: zero veneno.
A Ecoa incentiva a produção de mel no Pantanal como forma de geração de renda para as famílias e a proteção de abelhas e outros polinizadores na região. São promovidas capacitação, assessoria técnica contínua às famílias produtoras e aquisição de equipamentos de apicultura. Além disso, por meio do projeto ECCOS, um centro de produção certificado foi construído e equipado para uso das famílias apicultoras que vivem na região do Amolar.
A produção de mel contribui diretamente com a renda das famílias. Os apicultores relatam que a apicultura já chegou a representar 100% da renda mensal, salvando suas famílias da fome em períodos difíceis para a pesca.
“Em 2020, quando as atividades ligadas ao turismo não eram possíveis devido à pandemia, as famílias tiveram suas rendas reduzidas. No mesmo período, houve uma crise da pesca na região e eles falaram que a venda de mel foi determinante para botar comida na mesa. Então foi cumprido o que a gente havia planejado dentro dessa produção.”, afirma o diretor-presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira.
Programa Oásis
A proteção dos polinizadores nessas regiões do Pantanal é o principal objetivo do Programa Oásis, da Ecoa. São desenvolvidas atividades educacionais, projetos e ações em regiões isoladas, onde os animais não são atingidos por agrotóxicos e os efeitos do desmatamento não se fizeram sentir completamente.
Para isso, são promovidas ações como campanhas educacionais sobre a importância dessas espécies e o incentivo ao manejo de abelhas e produção de mel, atividade que gera renda para famílias pantaneiras.