/

No Pantanal, um achado: o mel mais puro do mundo

3 minutos de leitura
Foto: Iasmim Amiden / Arquivo Ecoa

O mel mais puro do mundo.

Assim pode ser classificado o mel produzido na região da Serra do Amolar, na fronteira entre Brasil e Bolívia. O trabalho é realizado por famílias ribeirinhas com incentivo da Ecoa por meio do Programa Oásis. 

Estudos realizados pela Universidade de Neuchâtel, na Suíça, identificam que em várias regiões do Brasil existem méis contaminados com os neonicotinóides, um veneno usado na agricultura e com fortes indicações de ser um dos responsáveis pelo conhecido colapso das colmeias, à exceção de regiões isoladas do Pantanal, cujos méis foram testados por solicitação da Ecoa e o resultado foi: zero veneno.

Apicultores das Águas (Foto: Alíria Aristides)

A Ecoa incentiva a produção de mel no Pantanal como forma de geração de renda para as famílias e a proteção de abelhas e outros polinizadores na região. São promovidas capacitação, assessoria técnica contínua às famílias produtoras e aquisição de equipamentos de apicultura. Além disso, por meio do projeto ECCOS, um centro de produção certificado foi construído e equipado para uso das famílias apicultoras que vivem na região do Amolar. 

A produção de mel contribui diretamente com a renda das famílias. Os apicultores relatam que a apicultura já chegou a representar 100% da renda mensal, salvando suas famílias da fome em períodos difíceis para a pesca.

“Em 2020, quando as atividades ligadas ao turismo não eram possíveis devido à pandemia, as famílias tiveram suas rendas reduzidas. No mesmo período, houve uma crise da pesca na região e eles falaram que a venda de mel foi determinante para botar comida na mesa. Então foi cumprido o que a gente havia planejado dentro dessa produção.”, afirma o diretor-presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira. 

Foto: Victor Sanches – ecoa

Programa Oásis

A proteção dos polinizadores nessas regiões do Pantanal é o principal objetivo do Programa Oásis, da Ecoa. São desenvolvidas atividades educacionais, projetos e ações em regiões isoladas, onde os animais não são atingidos por agrotóxicos e os efeitos do desmatamento não se fizeram sentir completamente.

Para isso, são promovidas ações como campanhas educacionais sobre a importância dessas espécies e o incentivo ao manejo de abelhas e produção de mel, atividade que gera renda para famílias pantaneiras 

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são entregues às brigadas comunitárias do Trevo Carandazal e Bandeira, em Miranda (MS). A entrega dos EPIs marca a concretização de todo um processo conduzido pela especialista da Ecoa, Fernanda Cano, responsável pela mobilização comunitária, levantamento de brigadistas ativos/as, aquisição e organização logística dos equipamentos, além da articulação local para viabilizar a formação. A iniciativa integra o projeto Fortalecendo Brigadas Comunitárias Voluntárias e Ações de Manejo Integrado do Fogo, apoiado pelo Fundo Casa Socioambiental em parceria com o Juntos pelo Pantanal, projeto do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), com apoio do GEF Terrestre, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). A Prefeitura de Miranda também colabora com a ação, que conta com a parceria técnica do Prevfogo/Ibama.

VEJA MAIS: Brigada é criada em área estratégica para prevenção de incêndios em Miranda (MS)