Por Alcides Faria
Em 2014 morreram em Corumbá, MS, 118 pessoas tendo como causa o aparelho respiratório, ano em que população calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística era de 108.110 pessoas – 1 morte para cada 915 habitantes. O município está inteiramente localizado no Pantanal, o qual, por sua vez, é parte da Bacia do Alto Paraguai (BAP).
Os dados estão atualmente disponíveis no site do IBGE.
Fazendo uma comparação com outros municípios que tenham pelo menos parte de seu território na BAP, o índice de morbidade é elevado, conforme pode-se ver na tabela.
Outro registro: Ladário, município que tem sua área urbana junto de Corumbá, também apresenta um índice de morbidade devido ao aparelho respiratório elevado em comparação com outros municípios: 1 morte para cada 1.130 habitantes. Relativamente, a morbidade em Corumbá foi 1,83 vezes maior Campo Grande, a capital do Estado.
De início procurei esses dados devido a notícias de que no município de Corumbá os focos de queimadas bateram recordes este ano, o que, sabidamente, tem consequências para a saúde humana, particularmente para o aparelho circulatório e cardiovascular. Mas é necessário cuidado, pois a analise direta dos números encontrados não permite conclusões. Seria necessário um trabalho de investigação cientifica cuidadoso considerando um arco amplo de variáveis. Afora o problema das queimadas, Corumbá tem produção de cimento e extração de ferro no seu território. Fatores como tabagismo, temperaturas muito baixas e umidade, por exemplo, devem ser considerados.
