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Para o Pantanal e a Bacia do Alto Paraguai, quais as consequências da continuidade da Fase Neutra entre o El Niño e La Niña e a não confirmação da chegada do La Niña?

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Fernanda Cano, especialista da Ecoa, e Alcides Faria, diretor da Ecoa. Foto: Acervo Ecoa.

Texto originalmente publicado em 12 de dezembro de 2024

Por Alcides Faria e Fernanda Cano

Para o Pantanal e a Bacia do Alto Paraguai, região que drena para a planície pantaneira, temos apontado a possibilidade de que a Fase Neutra entre o El Niño e La Niña é a mais determinante para períodos mais secos, com chuvas menos volumosas, sem contribuição para ocorrência de cheias que ocupem grandes territórios da parte baixa da bacia.

El Niño e La Niña são termos para indicar a temperatura das águas do Pacifico equatorial, sendo o primeiro sua elevação e o La Niña o resfriamento

Um outro fator que temos analisado também é que existem indicações de que a ocorrência do La Niña tem relações com maior quantidade de chuvas para o Pantanal e outras partes território brasileiro, como indicado em algumas publicações durante essa semana, publicações essas preparadas a partir de atualização do World Metereological Organization (WMO), das Nações Unidas.

Em resumo o WMO indica que as condições do la Niña podem se desenvolver nos próximos três meses, mas devem ser relativamente fracas e de curta duração: “As últimas previsões dos Centros Globais de Produção de Previsões de Longo Prazo da OMM indicam uma probabilidade de 55% de uma transição das atuais condições neutras (nem El Niño nem La Niña) para condições de La Niña durante dezembro de 2024 a fevereiro de 2025”.

Uma outra consideração a ser feita é que os níveis do rio Paraguai, a via que drena o Pantanal, têm se mantido abaixo dos observados em anos anteriores, o que pode indicar uma condição de seca severa, quadro que deve acender os alertas em direção à preparação para 2025 quanto a incêndios, principalmente.

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