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Rios do Cerrado perderam 27% da vazão de água desde os anos 1970, segundo análise

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Encontro do rio Taquari e Coxim: Acervo Ecoa
  • Redução média corresponde a 30 piscinas olímpicas por minuto na comparação entre 1970 a 1979;
  • Desmatamento é apontado como principal causa da queda.

O Relatório “Cerrado: O Elo Sagrado das Águas do Brasil”, publicado pela Ambiental Media, analisou 50 anos de dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico sobre vazão, chuva e evapotranspiração em seis bacias: Araguaia, Paraná, Parnaíba, São Francisco, Taquari e Tocantins. Segundo o estudo, em 35 anos de dados sobre uso do solo, a perda hídrica chega a 1.303 m³/s – o equivalente a 31 piscinas olímpicas por minuto.

Segundo a publicação, o dado foi obtido ao compararem a “vazão mínima de segurança, chamada Q90, entre os períodos de 1970 a 1979 e de 2012 a 2021. Na hidrologia, o Q90 tem o papel de guiar a definição de limites para o uso sustentável de recursos hídricos”.

O texto aponta ainda que as mudanças no uso e ocupação do solo são o principal fator de estresse para as águas do Cerrado.

As mudanças no uso e ocupação do solo são o principal fator de estresse para as águas do Cerrado. A área de vegetação nativa nas bacias analisadas encolheu em 22% entre 1985 e 2022. Já o desmatamento para o plantio de soja aumentou 19 vezes (MapBiomas).

 “O desmatamento é o grande fator que interfere na segurança hídrica nas últimas décadas”, afirma Yuri Salmona, geógrafo e doutor em Ciências Florestais pela Universidade de Brasília (Unb).

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