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O artigo revisita o conhecimento existente sobre a pesca profissional artesanal na região sul do Pantanal. Além disso, apresenta o histórico das comunidades, estudos sobre pesca, as estratégias de pesca utilizadas e as consequências das políticas focadas, tanto na redução do pescado, como na restrição das áreas que podem ser utilizadas pelos pescadores.
Comunidades tradicionais têm um papel fundamental na conservação e sustentabilidade dos recursos naturais. A pesca do Pantanal tem uma história de mais de 5 mil anos. Atualmente, pescadores profissionais artesanais dependem dessa atividade para garantir o sustento e renda das suas famílias na região. No entanto, políticas de pesca no Pantanal, muitas vezes, foram elaboradas sem uma clara conexão com o conhecimento científico sobre o tema.
O artigo conclui que “os maiores impactos nas populações de peixes não são provenientes da quantidade pescada, mas sim das mudanças ecológicas que já ocorrem na região”. Hidrelétricas, hidrovia, uso e ocupação do solo pela pecuária e agricultura, somados às mudanças climáticas, parecem ser as variáveis mais importantes.
Por fim, são apontadas medidas fundamentais para desenvolvimento de políticas públicas e fortalecimento da atividade pesqueira na região. Os pesquisadores sugerem a retomada do Conselho Estadual de Pesca de Mato Grosso do Sul, implantar um sistema de monitoramento da pesca e promover o financiamento de pesquisas para subsidiar a gestão e novas diretrizes de pesca. Além disso, também é sugerido criar uma reserva de desenvolvimento sustentável na borda oeste do Pantanal e considerar os resultados dos estudos dos impactos das hidrelétricas na bacia do alto rio Paraguai.
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