Problemas gravíssimos no Pantanal foram expostos ao longo dos últimos meses, mas alguns dados, fatos e processos vistos entre os dias 14 e 18 de agosto trouxeram a expectativa de que a destruição em andamento seja mitigada. Também algumas iniciativas podem ser passagem para o fortalecimento de ações sustentáveis ecológica, social e economicamente.
I) A Ecoa, SOS Pantanal, ICAS e WWF-Brasil lançaram durante o evento Pontes Pantaneiras a Rede de Brigadas Pantaneiras para o combate a incêndios, composta por mais de 50 brigadas voluntárias, contando com participação de órgãos governamentais, organizações não governamentais e instituições de pesquisa;
II) A realização do grande evento Pontes Pantaneiras, com múltiplos apoios, nacionais e internacionais trouxe novas forças para a defesa do Pantanal, consolidando a visão da multiplicidade social e cultural da região;
III) O governo de Mato Grosso do Sul publicou no dia 16/8 Decreto nº 16.248 suspendendo os desmatamentos no Pantanal, por tempo indeterminado. Na sequência o governador Eduardo Ridel afirmou que conterá o avanço do plantio da soja na planície;
IV) Outra medida importante: a apresentação de novo decreto para atribuições do Comitê Gestor da Estrada-Parque Pantanal, com participação social. A Estrada é de grande importância para moradores de toda uma região e suporte para o turismo, sendo sua correta gestão e conservação estratégicas para o Pantanal.
V) As chuvas de 2022/2023 trouxeram novo alento para a planície pantaneira, fazendo com que, a essa altura do ano, as águas estejam muito mais altas que em anos anteriores, ocupando maior território. Águas altas são uma barreira para o avanço de incêndios. Na região oeste, no encontro entre as fronteiras de MT, MS e Bolivia, o rio Paraguai está com 1,5 metros acima do medido no ano de 2020 nesta data, situação também vista a jusante, medidas por réguas em Ladário e Forte Coimbra, localidades em Mato Grosso do Sul.
VI) Em execução o Plano de Prevenção contra incêndios no Pantanal executado pelo Prevfogo/Ibama.
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