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Boletim Sabores: Laranjinha-de-pacu

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A deliciosa Laranjinha-de-pacu é tema da quarta edição do boletim Sabores. O material faz parte do Programa “Valorização de Plantas Alimentícias do Cerrado e do Pantanal”, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Os frutos são tradicionalmente usados como isca para pesca do pacu, por isso recebe este nome. Nativa em diversos países da América do Sul e Central, ocorre em todas as regiões brasileiras, geralmente em matas próximas às margens de rios, lagoas e córregos. Além de os frutos serem delicioso e nutritivo alimento humano, a laranjinha-de-pacu é uma promissora fonte de renda para ribeirinhos e proprietários que queiram se dedicar à produção de sementes e mudas para abastecer projetos de restauração de matas ciliares, por ser espécie típica e adaptada a esses ambientes.

A Associação de Mulheres Extrativistas da Comunidade de Porto da Manga se dedica à comercialização da polpa congelada e geleias produzidas à partir do fruto. A associação está ligada CerraPan, uma rede composta por 8 grupos de mulheres produtoras, organizados em comunidades tradicionais do Cerrado e Pantanal.

Nesta edição do boletim, Elizete Garcia, de Porto da Manga, fala sobre os impactos dos incêndios para a produção feita com o fruto. Além disso, Nathália Eberhardt, pesquisadora da Ecoa e coordenadora da Cerrapan, fala sobre o potencial da produção com laranjinha-de-pacu nas comunidades do Pantanal.

Com essas práticas, as comunidades resgatam saberes antigos e desenvolvem novas receitas, valorizando sua cultura e inovando a culinária tradicional, percebendo nessas atividades a possibilidade de renda extra com a própria conservação da espécie.

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Para acessar o boletim, clique aqui.

O projeto Valorização de Plantas Alimentícias do Cerrado e do Pantanal busca estimular o aproveitamento de plantas alimentícias nativas de Mato Grosso do Sul. Para isso, são desenvolvidas ações relacionadas à valorização das plantas alimentícias associadas à cultura local, à melhoria da qualidade de vida das pessoas,  ao aumento de renda, à conservação da vegetação nativa, às boas práticas de higiene e de coleta, ao armazenamento, processamento de alimentos e sua comercialização.

O Programa foi iniciado em 2006 e completa 15 anos. As ações são desenvolvidas em parceria com outras instituições e organizações não governamentais como a Ecoa e o Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado -Ecologia e Ação (CEPPEC ). Atualmente o projeto é desenvolvido em comunidades tradicionais, indígenas, de pequenos agricultores, e em escolas rurais.

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