Por Luiza Rosa.
O Projeto “Restauração estratégica e participativa no Pantanal: APA Baía Negra“, proposto pela Ecoa e coordenado por André Luiz Siqueira, foi contemplado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) por meio da agência Global Environmental Facility (GEF Terrestre), no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal.
As primeiras reuniões para ajustes de cronograma e apresentação para o Conselho Gestor já estão sendo realizadas e os trabalhos terão início já nas próximas semanas de maio.
Esta é uma iniciativa que visa atingir uma das metas de Aichi, a décima primeira (11ª), que tem a ver com a ampliação e o fortalecimento de áreas de proteção ambiental, o que insere a Ecoa no Plano Estratégico de Biodiversidade.
Trata-se de um projeto que prevê a restauração de 58 hectares da Área de Proteção Ambiental Baía Negra (localizada no município de Ladário, Mato Grosso do Sul), sendo 11 hectares em área que foi explorada por mineração, que se encontra em grande estado de degradação, e 47 hectares de controle de espécies invasoras e proteção de duas nascentes. “O que são essas espécies invasoras? É a Leucena. Espécie arbórea, que está se disseminando pelo Pantanal, que é favorecida pelo fogo: onde tem fogo depois ela vem com mais força e ela impede as sucessões, ou seja, impede que as outras espécies sobrevivam. É uma efetiva ameaça.”, explica André Siqueira, diretor-presidente da Ecoa e coordenador do projeto.
Em sua execução, o projeto utilizará da metodologia Ciência Cidadã, por meio do aplicativo Sapelli, que será adaptado e ajustado. A comunidade da APA Baía Negra estará diretamente envolvida na realização dos trabalhos, desde a contratação para prestação de serviços, à qualificação, capacitação e ao monitoramento para obtenção de informações.
“E nós vamos utilizar também todo o trabalho que estamos fazendo sinérgico a outras instituições e da agenda própria da Ecoa de monitoramento, prevenção, sensibilização e combate a incêndios florestais dentro do entorno da APA a partir da brigada comunitária voluntária que nós fundamos em 2019.”, ressalta André Siqueira.
O projeto é proposto pela Ecoa e conta com algumas instituições parceiras, que são: a Associação de Mulheres Produtoras da APA Baía Negra, a Fundação de Meio Ambiente e Produção Rural Sustentável de Ladário (MS), a Universidade Federal da Grande Dourados e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com o Laboratório de Ecologia de Intervenção.