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Pantanal em emergência ambiental a partir de abril; Ecoa considera medida essencial para evitar a tragédia dos incêndios

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Horizonte completamente atingido por incêndios na Serra do Amolar no Pantanal em 2020 (Foto: André Zumak)

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, decretou situação de emergência ambiental no Pantanal, com risco de incêndios florestais. O decreto é válido para o período de abril a novembro de 2023. A portaria foi publicada na edição de ontem (6) do Diário Oficial da União, sendo assinada pela ministra.

A Ecoa atuou junto ao Grupo de Transição do novo Governo com intuito de reforçar a necessidade de ações preventivas quanto a incêndios no Pantanal e outras regiões. Além disso, no começo deste ano, participou de reuniões com o PrevFogo/IBAMA, onde reforçou a necessidade de ações mais expressivas para combate e prevenção ao fogo.

Leia também: Incêndios no Pantanal na agenda da Transição

Desde 2019, o Pantanal passa por uma crise climática aguda contribuinte para os incêndios devastadores de 2020/21, quando mais de 4 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo.

O quadro de seca severa impediu a tradicional cheia dos rios, onde a água dos cursos d’água transborda e inunda as planícies pantaneiras. A vegetação extremamente seca e o aumento nas temperaturas potencializaram os incêndios que atingiram o Pantanal nos últimos anos.

Apesar das chuvas recentes amenizarem a seca em regiões específicas, é fundamental manter-se o alerta para a possibilidade de incêndios, já que o rio Paraguai, principal responsável pela inundação das planícies, não demonstra sinais de recuperação significativa.

“Efetivamente, o Paraguai é quem determina grande parte da área inundada no Pantanal. O problema é que Cáceres e Cuiabá, no norte do Pantanal, não tiveram chuvas suficientes. Para o rio Paraguai ter cheias regulares como tínhamos no passado, é preciso ter um alto volume de chuva naquela região”, explica André, diretor presidente da Ecoa.

André também reforça o risco existente de incêndios a partir do acúmulo de biomassa. “Se esse acúmulo de material não for manejado adequadamente, as pessoas ateiam fogo e aí nós temos os problemas de incêndios em diversos lugares do Pantanal”.

Ao centro, presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira (Foto: Victor Hugo Sanches)

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