As chuvas na Bacia do Alto Paraguai devem sofrer redução significativa nas próximas semanas, o que é considerado um alerta para o Pantanal. A informação é do Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do rio Paraguai, do Serviço Geológico do Brasil – CPRM.
“Estimativas de chuvas por satélite, utilizando o modelo MERGE/INPE, indicam que na bacia do rio Paraguai as chuvas médias estimadas ao longo dos últimos 7 dias apresentaram acumulados de 48.0 mm, enquanto que sobre o bioma Pantanal, acumulados de 51.6 mm foram estimados também para este mesmo período. De acordo com o modelo GEFS/NCEP-NOAA para as próximas semanas está prevista uma significativa redução das precipitações na região”.
A redução de chuvas indica que as águas podem não inundar regiões pantaneiras, como aconteceu nos últimos três anos.
O cenário gera preocupação por também propiciar o alastramento do fogo. Sem a água para alagar a planície, surge uma extensa área de vegetação com imenso potencial combustível para os incêndios. Além disso, o trabalho de contenção do fogo pode ser prejudicado em regiões onde os corixos, canais e baías estão sem água ou trancados por vegetação, impedindo a chegada de brigadistas para combater as chamas.
A Ecoa segue trabalhando com o Prevfogo/Ibama na formação e fortalecimento das Brigadas Comunitárias. A mobilização deve se intensificar principalmente durante o período mais seco e propício para incêndios, o que acontece a partir de agosto.
Ainda de acordo com o boletim do Serviço Geológico do Brasil, devido à redução nas chuvas, o trecho do rio Paraguai em Cáceres passou a apresentar “tendência de declínio” em seu nível. Já em outras estações de monitoramento à jusante no rio, a tendência de elevação do nível se manteve. Entretanto, o boletim ressalta que os níveis atuais ainda estão próximos da zona de atenção para valores mínimos.
Acesse o Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do rio Paraguai, na íntegra, aqui.