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BNDES investe até R$ 500 milhões em fundo de crédito para infraestrutura gerido pelo Pátria Investimentos

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Natália Dias, diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES. Imagem: BNDES/divulgação
  • Recursos financiarão projetos nos setores de energia, saneamento, logística e transporte, mobilidade urbana e telecomunicações
  • O fundo tem foco em pequenos e médios projetos, em especial no modelo project finance non-recourse

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a contratação e subscrição de cotas do Pátria Infra Crédito, novo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) com foco em infraestrutura gerido pelo Pátria Investimentos. O Banco irá aportar até R$ 500 milhões no FIDC, que também tem entre seus investidores a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). O montante deverá ser investido em projetos dos setores de energia, saneamento, logística e transporte, mobilidade urbana e telecomunicações.

O fundo focará em pequenos e médios projetos de infraestrutura, incluindo projetos greenfield (executados a partir do zero), especialmente no modelo project finance non-recourse, ou seja, projetos nos quais as garantias dadas ao financiador são os ativos do próprio projeto e os fluxos de caixa esperados no futuro, sem necessidade de carta de fiança.

O principal diferencial do fundo sobre outras estruturas de financiamento é a capacidade de estruturação dos projetos com maior flexibilidade, como, por exemplo, a possibilidade de assumir prazos longos, bem como o risco da construção, sem necessidade de fiança bancária ou aval corporativo, ao utilizar estruturas de amortização que casem com o fluxo de caixa e/ou outros financiamentos do projeto.

“Historicamente, o BNDES é um dos principais provedores de recursos para o investimento em infraestrutura no Brasil, dada a importância desse setor para o desenvolvimento econômico do país e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros”, afirma a diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do Banco, Natália Dias. “Nesse contexto, o investimento no Pátria Infra Crédito FIDC tem potencial de ampliar ainda mais a atuação do BNDES no financiamento ao setor, em especial, no apoio a pequenos e médios projetos que apresentam maior dificuldade de acesso a estruturas tradicionais de financiamento e ao mercado de capitais”, complementa a diretora.

Natália avalia ainda que, outro diferencial do fundo e fator fundamental na decisão de alocação de recursos por parte da BNDESPAR, foi “a alocação prioritária em setores alvo do PAC, incentivando a alocação de capital de impacto e cobrindo companhias com menor visibilidade de mercado”.

Pátria Infra Crédito FIDC – o fundo foi selecionado por meio de chamada pública promovida pelo BNDES para seleção de fundos de investimento com foco em infraestrutura. A iniciativa busca desenvolver o mercado de capitais, acelerar o investimento privado em infraestrutura e viabilizar melhorias de longo prazo na qualidade dos serviços do setor no país. Vale destacar que o pipeline do FIDC apresenta sinergia com pelo menos quatro eixos do Novo PAC do Governo Federal: Transição e Segurança Energética, Cidades Sustentáveis e Resilientes, Água para Todos e Transporte Eficiente e Sustentável.

BNDES e fundos de investimento – A atuação do BNDES por meio de fundos, iniciada na década de 90, é uma forma de ampliar o acesso das empresas a capital e crédito de longo prazo, além de estimular melhorias na gestão das companhias, dinamizando o mercado de capitais brasileiro. Os fundos também alavancam os investimentos e dividem os seus riscos entre diferentes agentes da economia. A BNDESPar, braço do BNDES para atuação em mercado de capitais, tem, atualmente, capital comprometido em 54 fundos de investimento ativos, num total de R$ 7,8 bilhões, com alavancagem de 4,3 vezes, ou R$ 33,3 bilhões, considerando o capital comprometido por outros investidores. A carteira inclui fundos de private equity e crédito, com investimentos em agronegócio, logística e energia; fundos de capital de risco, contemplando setores de tecnologia da informação e biotecnologia; e fundos de capital semente, voltados a empresas nascentes de base tecnológica.

Via bndes.gov

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