O GT-Infra é o Grupo de Trabalho de Infraestrutura, uma ampla rede – que a Ecoa participa – composta por pesquisadores e organizações não governamentais que debatem e definem estratégias para a área de infraestrutura no Brasil”.
Veja abaixo as notícias publicadas na última newsletter divulgada pelo GT:
Miriam Leitão: “Ilegalidade contamina produção de ouro no Brasil”
“Crime ambiental, crime contra o patrimônio público, crime trabalhista, porque explora o trabalhador que é recrutado”, comentou Miriam Leitão sobre a megaoperação da Polícia Federal, batizada de Caribe Amazônico, contra o garimpo ilegal na Amazônia, mostrada em detalhes no Fantástico do último domingo. A colunista do O Globo citou a declaração do prefeito de Itaituba, Valmir Climaco que, após a operação, admitiu, em entrevista ao mesmo jornal, que emitiu mais de 500 licenças para explorar ouro na região e nunca houve fiscalização. Ele, que também é dono de garimpos, afirmou ainda que acredita ser possível regularizar a situação e conta com ajuda do governo federal.
Após pressão e denúncia de grupos de ativistas que integram a campanha Divest Factory Farming, da qual o Instituto Maíra e o IAP fazem parte, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) negou um empréstimo de quase R$1 bilhão à segunda maior produtora de carne bovina do Brasil, a Marfrig Global Foods. O Valor repercutiu o assunto, explicando que o banco e a empresa não conseguiram chegar a um consenso sobre metas ambientais. Vitória importante!
Em sua coluna no UOL, Leonardo Sakamoto chamou o poder público a assumir sua parcela de culpa em tragédias como a de Petrópolis, uma vez que os eventos extremos são previstos pelos cientistas, que alertam há anos que esse é um dos efeitos da mudança climática. “O discurso de que nada poderia ser feito diante ‘desastres naturais’ é típico de governos que não querem ou não sabem investir em planejamento urbano e contenção de encostas, no caso de chuvas, e planejamento hídrico, no caso de secas”. Vale ler a crítica completa.
Em artigo intrigante, Claudio Angelo relata como foi a sua viagem à Amazônia no final do ano, ressaltando o caso do município de Novo Progresso, no Pará, para ilustrar como os desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental do governo Bolsonaro favoreceu a ilegalidade na região. Em sua análise, a situação por lá deve continuar difícil, independente do resultado das próximas eleições. “Bolsonaro pode até ir embora, mas o bolsonarismo criou raízes na floresta e não vai largar o osso fácil”, lamentou. É importante pensarmos nossas estratégias levando esse cenário em consideração.
O desmate foi um elemento estruturante de consolidação da nossa economia agroexportadora no século passado e continua sendo prática corrente para expansão da fronteira agrícola nos dias de hoje. Em artigo, publicado no Um Só Planeta, Jaqueline da Luz Ferreira, gerente de Portfólio do Instituto Escolhas fala sobre novo estudo que explica como o agro se beneficia do desmatamento. Não deixe de ler!
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