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Mel do Pantanal volta a ser produzido depois dos impactos dos incêndios

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Dona Nilza, apicultora, moradora do Paraguai Mirim. Imagem: acervo Ecoa

As comunidades produtoras do mel na Serra do Amolar estão retomando sua produção após os incêndios catastróficos dos últimos anos que impactaram duramente a atividade.

A produção de mel surgiu como uma esperança para as comunidades pantaneiras que estão sofrendo cada vez mais com a crise climática. Suas principais fontes de renda são a pesca e a coleta de iscas, porém, as secas prolongadas estão inviabilizando tais atividades e o trabalho com o mel surgiu como alternativa de renda. A família de Nilza Arruda, moradora do Paraguai Mirim, por exemplo começou a trabalhar com o mel recentemente e agora tem sua primeira safra.

Além de possibilitar renda, a apicultura ajuda a promover a conservação dos polinizadores, visto que as abelhas têm uma grande importância ecológica, essencial para a preservação da biodiversidade no Pantanal.

Apicultoras do Paraguai Mirim. Imagem: acervo Ecoa

Programa Oásis

A proteção e mesmo a recuperação da fauna de polinizadores é um desafio global que deve ser enfrentado de imediato. Deles dependem os ecossistemas e sua diversidade biológica e mesmo a sobrevivência da espécie humana, pois são fundamentais na produção de alimentos.  Mas como fazê-lo?

O Programa Oásis visa a proteção dos polinizadores em diferentes nichos, incluindo cidades. Os projetos e ações do Programa compreendem pesquisas; a educação com relação às diferentes espécies e seu papel nos ambientes; os riscos do uso de pesticidas na cidade e no meio rural; a contenção de desmatamentos; a formação de brigadistas contra queimadas e a produção apícola e de abelhas em regiões livres de agrotóxicos, dentre outras medidas. Os efeitos das mudanças climáticas localmente também devem ser analisados.

A criação de abelhas para produção de mel é uma atividade desenvolvida e apoiada pela Ecoa por meio do Programa Oásis de Proteção aos Polinizadores.  Este Programa visa a proteção dos polinizadores em diferentes nichos, incluindo cidades. Os projetos e ações compreendem pesquisas; a educação com relação às diferentes espécies e seu papel nos ambientes; os riscos do uso de pesticidas na cidade e no meio rural; a contenção de desmatamentos; a formação de brigadistas contra queimadas e a produção apícola e de abelhas em regiões livres de agrotóxicos, dentre outras medidas. Os efeitos das mudanças climáticas localmente também devem ser analisados.giu como alternativa de renda. A família de Nilza Arruda, moradora do Paraguai Mirim, por exemplo começou a trabalhar com o mel recentemente e agora tem sua primeira safra

Saiba mais:  Abelhas sofrem os efeitos dos incêndios e do clima no Pantanal

     

    Luciana Scanoni

    Antropóloga e coordenadora do Núcleo de Comunicação da Ecoa.

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