A safra de 2021 da castanha do baru já está pronta e armazenada nos novos contêineres adquiridos dentro do projeto ‘Cadeia Socioprodutiva do Baru: agregando renda às famílias agroextrativistas no Mato Grosso do Sul e a proteção do Cerrado’. A iniciativa conta com apoio da Fundação Banco do Brasil e é executada pela Ecoa em parceria com o Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado (CEPPEC).
Nessa safra foram coletados 68.000kg de baru, com aumento de 13.000kg em relação ao ano anterior. Com o armazenamento da castanha, as famílias extrativistas estão trabalhando para a safra de 2022.
Agregando renda e protegendo o Cerrado
“A gente vê a felicidade das pessoas em poder estar gerando esse dinheiro extra. É um dinheiro que pode ajudar de diversas formas. A gente recebe relato de famílias que usaram para construir uma peça nova na casa, na compra de algum equipamento para a propriedade, para arrumar uma cerca, fazer uma reforma de pastagem”, relata Rosana Sampaio (moradora do Assentamento Andalucia e presidente do CEPPEC)
A equipe de campo do projeto alcançou 100 famílias coletoras de baru, que passaram a compor a articulação. O trabalho de articulação foi feito em dez comunidades localizadas em cinco municípios diferentes: Nioaque, Anastácio, Bonito, Corguinho e Aquidauana, todos no Mato Grosso do Sul.
O projeto promoveu a estruturação da cadeia do baru, da colheita até seu escoamento e comercialização. Para operacionalizar a produção, foram fornecidas mesas, prateleiras, notebook para controle das receitas e estoque, etc. Além disso, a iniciativa também garantiu o aumento na capacidade de armazenamento com a compra de contêineres e equipamentos de refrigeração.
O diferencial no trabalho com o fruto está na prática da sustentabilidade. “O extrativismo sustentável consiste em incorporar práticas que respeite o ciclo da natureza, considere o trabalho humano e não escravista, com remuneração justa em todos os elos da cadeia de valor”, explica Rosana.