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Com eficiência energética, Braskem economiza R$ 56 milhões em um ano

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Por ProcelInfo

 

Com investimentos constantes em eficiência energética e economia de baixo carbono, a Braskem, maior empresa petroquímica da América Latina, tem conseguido resultados expressivos em relação a práticas sustentáveis de produção. Desde a fundação da companhia, em 2012, mais de R$ 100 milhões já foram investidos para aumentar a eficiência energética e operacional, o que resultou, no ano de 2015, em uma economia de energia de R$ 56 milhões, melhor resultado da história da empresa.

O aumento da eficiência foi obtida por meio da adoção de uma série de procedimentos operacionais e tecnológicos em todas as 40 unidades industriais da empresa instaladas no Brasil e no exterior. De acordo com Mário Pino, gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, a companhia nasceu com o compromisso público de adotar em todas as suas operações as melhores práticas sustentáveis. Dessa forma, ele explica que a eficiência energética, hídrica e outras ações sustentáveis fazem parte do planejamento estratégico da empresa, no qual são estabelecidos objetivos, benchmarks, metas, indicadores, recursos, portfólio de investimentos, entre outras iniciativas, que vão permitir a melhora gradual e contínua para minimizar os impactos negativos proporcionados pela indústria química e maximizar a influência positiva.

“A Braskem busca participar de fóruns estratégicos nacionais e internacionais que direcionem políticas públicas e ações para otimizar a eficiência hídrica e energética dos processos. Como exemplo pode-se citar a iniciativa da Indústria de Baixo Carbono (IBC), junto com a FGV-SP, onde se buscam alternativas de eficiência energética para a indústria brasileira e orientações para potenciais políticas públicas”, revela Mário Pino.

Atualmente a Braskem possui uma matriz diversificada de fontes de energia. A maior parte da energia utilizada é proveniente da geração interna baseada no aproveitamento de energéticos internos, que corresponde a quase 70% de toda demanda da companhia. Outras fontes utilizadas são o gás natural (16%); renováveis (hídrica e eólica 9%); e carvão e queima de óleos (5,5%). Para tornar mais limpa a sua operação, a empresa estuda introduzir a participação da biomassa e aumentar a participação das renováveis em suas fontes de energia, substituindo gradativamente a utilização de óleo combustível e demais derivados de petróleo, para reduzir as emissões e contribuir para uma matriz mais limpa.

“É um objetivo constante estar entre as melhores grandes indústrias químicas do mundo em intensidade de consumo energético e ser importante usuário de energia de fonte renovável”, ressalta Pino.
Nova unidade da Braskem no México foi construída com as tecnologias mais avançadas em eficiência energética
Neste contexto, o uso racional de energia tem um papel fundamental. Entre as medidas implementadas estão a modernização de todo o sistema elétrico das unidades com objetivo de otimizar o processo produtivo. Os principais ganhos em eficiência energética foram alcançados por meio da melhoria operacional de fornos, caldeiras, turbinas e sistema de resfriamento. A redução do consumo de vapor e perdas para o flare (chaminé em formato de tocha que fica constantemente acesa e bastante utilizado por indústrias petrolíferas e químicas) também contribuíram para minimizar as perdas de energia.

As unidades de Camaçari, na Bahia, e Triunfo (foto), no Rio Grande do Sul, foram as que receberam os maiores investimentos em eficiência energética. No Polo Petroquímico de Camaçari houve um aumento da confiabilidade, no controle e na proteção do sistema de energia elétrica interno, reduzindo os riscos decorrentes de eventuais interrupções ou variações de energia por parte do fornecedor. Já a unidade da Braskem no Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul, foi a primeira do país a instalar um equipamento Vapor Flute, que proporcionou as reduções de 4,4 megawatts/hora, de 22t/h de vapor e de 1,2t/h de óleo.

“O índice de uso de energia da Braskem em 2015 foi de 10,49 GJ (gigajoule) por tonelada de produto comercializável produzido. Este resultado é 1,3% melhor que a meta estabelecida para o período, e representa uma redução de 2,4% na comparação com o ano anterior. Esse foi o melhor resultado histórico desde a fundação da Braskem e significou uma economia de R$ 56 milhões no ano”, explica o gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.

Recentemente inaugurada, a fábrica da Braskem, no México, foi projetada seguindo o que existe de mais moderno em tecnologias disponíveis para aumentar eficiência de suas operações. A nova unidade possui consumo de energia inferior a média do restante da companhia. Essa eficiência foi alcançada por meio da utilização de componentes elétricos e compressores de alta eficiência, além das turbinas, duas movidas a vapor e uma a gás natural, que vão garantir a autossuficiência energética da fábrica. A empresa estima que, com essas medidas, a planta instalada no México deve aumentar em até 15% a eficiência energética de todo o grupo, além de reduzir na mesma intensidade a emissão de gases de efeito estufa.

Consumo de água

Além da eficiência energética, a Braskem também tem ampliado produção de água de reúso em suas operações. No ano passado, 25,1% da água utilizada pela empresa teve origem na chuva, no esgoto doméstico tratado e de efluentes industriais. Desde 2012, a unidade localizada no Polo Petroquímico do ABC, em São Paulo, é abastecida pelo Aquapolo, maior projeto de produção de água de reúso a partir do esgoto tratado da América do Sul, que destina 65% de sua produção para a Braskem. Em números absolutos, a petroquímica reduziu em 7% o consumo hídrico o que proporcionou uma economia de R$ 5,5 milhões.
Portifólio de resinas pode reduzir em até 46% o consumo de energia
“A melhoria da qualidade da água promoveu a melhoria da eficiência energética do processo nos equipamentos de troca térmica”, destaca Pino.

Produtos eficientes

Com foco na eficiência energética, a Braskem lançou em 2012 uma linha de resinas. Desenvolvida para oferecer redução do consumo de energia, maior produtividade e menor peso, o produto tem garantido aos seus clientes ganhos ambientais e em eficiência. A redução do consumo de energia é possível devido ao processamento do produto em temperatura mais baixa, o que, em alguns casos, diminui ou elimina etapas do ciclo produtivo, reduzindo a quantidade de matéria prima e aumentando a competitividade dos clientes.

De acordo com Mário Pino, esse portfólio tem apresentado resultados significativos, já que em alguns, casos os ganhos em eficiência energética podem chegar a até 46%, conforme obtido por uma indústria do setor de eletrodomésticos.

“Em termos ambientais, é importante observar que melhorias de eficiência energética, tempo de ciclo e reduções de perdas ou peso de produtos reduzem o uso de recursos naturais, tanto para a produção de energia quanto na formulação de produtos, e diminuem também as emissões de gases de efeito estufa associadas à fabricação e transporte desses produtos”, finaliza Mário Pino.

 

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