Texto originalmente publicado em: 24/10/06
Planejar o futuro elétrico do país de forma barata e inteligente é a proposta do relatório “Agenda Elétrica Sustentável 2020”, lançado no dia 14 de setembro de 2006, em Brasília pela WWF-Brasil. Na ocasião foram apresentados três painéis: Brasil – energia elétrica e o desenvolvimento sustentável, Agenda elétrica sustentável – percepções e recomendações (visões governamentais) e Percepções e recomendações – visões do setor produtivo e da sociedade civil.
No lançamento foram feitas várias críticas e elogios ao relatório:
O Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Nelson Hubner, afirmou que o mais importante sobre o estudo lançado pelo WWF-Brasil e seus parceiros é abrir o debate sobre o setor. “Esse debate muitas vezes fica no campo das paixões, numa radicalização que não interessa para o país”, afirmou.
Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, questionou os índices utilizados para embasar a pesquisa, como taxas de crescimento e potencial energético de usinas hidrelétricas. “Acreditar que é possível crescer sem construir novas usinas é uma utopia que levará o país ao não-desenvolvimento”, disse. “São estudos perigosos para o país. Nós não podemos iludir a população brasileira.”
O professor da Unicamp, Gilberto Januzzi, responsável pelo estudo, rebateu as críticas de Tolmasquim afirmando que o relatório “não é uma peça de ficção e não trabalhamos dados macroeconômicos, apenas usamos os mesmos dados já existentes em projeções feitas pelo próprio governo.”
O Debate
Após o lançamento do relatório o WWF-Brasil respondeu ao presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, com um comunicado público. Em sua fala, durante o lançamento, Tolmasquim taxou de “irresponsável”, “irrealista” e “obstáculo ao desenvolvimento” a contribuição dada pelo WWF-Brasil ao desenvolvimento do país.
Na carta aberta o WWF-Brasil e seus parceiros buscam esclarecer as dúvidas e rechaçar as afirmações feitas pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia.
Em resposta ao comunicado público feito pelo WWF-Brasil Maurício Tolmasquim também respondeu a ONG com uma carta pública.
(Foto de capa de Milada Vigerova via Unsplash)