Embrapa Pantanal
Com a presença do pesquisador francês Charilaos Kephaliacos, da Universidade de Toulouse, e dos professores Olivier François Vilpoux e Marney Cereda, da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), de Campo Grande, foi discutida no dia 25 de abril na Embrapa Pantanal (Corumbá, MS) uma metodologia capaz de acompanhar a adoção de tecnologias de produção em consonância, com tecnologias e políticas de conservação ambiental por parte dos produtores rurais.
Kephaliacos dirigiu até o início deste ano o Lereps (Laboratório de Estudo de Pesquisa sobre Economia, Políticas e Sistemas Sociais) e pretende iniciar um estudo na região do Pantanal. Ele foi recebido pela chefe geral da Unidade, Emiko Resende, e pelo pesquisador Urbano Gomes Pinto de Abreu antes de se reunir com um grupo de pesquisadores da Embrapa Pantanal.
Durante a discussão técnica, o pesquisador francês apresentou uma metodologia baseada em Jean Piaget e que foi aplicada na França para avaliar a adoção de técnicas conservacionistas junto a produtores reunidos em cooperativas. Ele contou que aquele país subsidia agricultores de duas maneiras: uma delas, em vigor desde o final da segunda Guerra Mundial, oferece recursos aos produtores de alimentos – e que está em queda; e a segunda, implantada na década de 1990 e em expansão, prevê benefícios a produtores que adotam técnicas não poluentes e que valorizam os serviços ambientais. Olivier afirmou que essa segunda forma de subsídios lembra o programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, implementado pelo governo brasileiro.
Pesquisadores da Embrapa Pantanal se mostraram bastante interessados na exposição feita por Kephaliacos. Propuseram que a metodologia seja aplicada, de preferência, de modo transversal, ou seja, avaliando algum tema que perpasse diversos produtos e processos envolvidos com o Pantanal, devido à diversidade de situações encontradas na região.
Além de Urbano Abreu, acompanharam a reunião os pesquisadores Débora Karla Silvestre Marques, Agostinho Catella, Fábio Galvani, Vanderlei dos Reis, Frederico Lisita, Sandra Mara Crispim e Raquel Soares Juliano. O grupo pretende agora manter contato para viabilizar um projeto de pesquisa em cooperação.