A quarta edição do estudo, lançada na última quinta-feira (12) é feito a cada dois anos por um grupo de ONGs que atuam no Pantanal, analisa a dinâmica de mudança de uso e ocupação de solo e alterações na cobertura vegetal da bacia hidrográfica que abriga o Pantanal, a maior planície alagável do planeta e berço de uma das maiores biodiversidades do mundo.
Com informações técnicas e seguindo uma metodologia científica, o monitoramento possibilita fazer uma radiografia da realidade ambiental dessa região e uma análise objetiva da evolução das alterações de cobertura vegetal na BAP.
A Bacia do Alto Paraguai é transfronteiriça e possui uma área total de aproximadamente 620 mil quilômetros quadrados. Deste total, 60% encontram-se em território brasileiro e o restante na Bolívia e no Paraguai. O monitoramento, no entanto, está sendo realizado apenas na porção brasileira da BAP.
O objetivo do trabalho, de acordo com o coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil, Julio Sampaio, é fonrcer informações públicas para que as instituições de diferentes esferas possam fazer suas análises e propor soluções para a BAP.
O trabalho é realizado pelas ONGs Instituto SOS Pantanal, WWF-Brasil com apoio da Embrapa Pantanal e execução técnica da Arcplan.
Pantanal em risco
De acordo com o diretor executivo da SOS Pantanal, Felipe Dias, o estudo alarma para os avanços da soja dentro do Pantanal, que já é chamado pela mídia de nova fronteira agrícola, “nossos sobrevôos constataram drenagens para produção e há áreas com características de plantio e soja”. Dias explica que a borda do Pantanal tem sofrido uma ocupação de transformação e perdido suas características naturais.