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Seminário “Usinas Nucleares” terá presença de autoridades internacionais

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seminario-usinas-nucleares-senado-conviteAutoridades nacionais e internacionais estarão presentes ao Seminário “Usinas Nucleares Lições da Experiência Mundial”, que acontece nos dias 27 e 28 de outubro, no Auditório Antônio Carlos Magalhães (Interlegis) do Senado Federal.

O seminário, previsto para começar às 9 horas, terá na abertura o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que é presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado, que promove o evento.

Abaixo um resumo do currículo dos convidados:

Francisco Whitaker, Brasil – Arquiteto, político e ativista social brasileiro, recebeu o “Prêmio Nobel Alternativo” 2006 da Right Livewood Award, conferido pelo Parlamento Sueco. Foi Diretor de Reforma Agrária da SUPRA no Governo João Goulart, o que o levou à prisão por curto período. Saiu país como exilado, para a França, em 1966. É membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Assessorou D. Paulo Evaristo Arns na organização das Comunidades Eclesiais de Base. Foi eleito vereador em São Paulo em 1988, no governo de Luiza Erundina, e reeleito para mais um mandato em 1992. Afastou-se da atuação parlamentar por decisão pessoal e passou a atuar junto à sociedade civil como ativista. Foi um dos fundadores do Fórum Social Mundial em 2001. Atualmente, trabalha na mobilização brasileira contra a política nuclear do país e os acordos nucleares com Alemanha e Japão.

Luiz Pinguelli Rosa, Brasil – Mestre em Engenharia Nuclear e Doutor em Física, é Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-Presidente da Eletrobrás. É Diretor da COPPE/UFRJ e Secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Foi pesquisador ou professor visitante das Universidades de Standford –SLAC e da Pennsylvania (USA), de Grenoble (Suíça), e de Cracóvia (Polônia), do Centre International pour l’Environnement et le Développement em Paris, do Centro Studi Energia Enzo Tasseli e do Ente Nazioanale per l´Energia Nucleare e Fonti Alternative (Itália), e da Fundação Bariloche (Argentina). Foi ainda membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel que ganhou o Nobel da Paz em 1995. Participa do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC).

Sandra Verônica Cureau, Brasil – Subprocuradora Geral da República, atenta à proteção e à efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Atuante em ações sobre os impactos sociais, ambientais e econômicos da implantação das usinas hidrelétricas de Estreito, no Maranhão, e de Belo Monte, no Pará. Contestou a constitucionalidade do Decreto 41.921/09, do Rio de Janeiro, que alterava os limites territoriais do Plano Diretor da Área de Proteção Ambiental (APA) dos Tamoios, em Angra dos Reis.

Eduardo Souza Motta, Brasil – Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2004), Pós-Graduação em Eletricidade e Eletrônica na Área Nuclear (2008), mestrado (2007) e doutorado (2011) em Eletrônica de Potência pela COPPE-UFRJ, em parte efetuado no IFW-Dresden, na Alemanha. Atualmente é assistente tecnologista da CNEN. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica de Potência, Engenharia Nuclear, Avaliação de Segurança Nuclear e Otimização. É membro da Associação dos Fiscais de Radioproteção e Segurança Nuclear – AFEN.

Sidney Luiz Rabello, Brasil – Engenheiro Eletricista formado pela Escola Politécnica da USP. Pós-graduado em Engenharia e Tecnologia Nuclear pela Escola Politécnica da USP. Trabalha atualmente na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), na Segurança Nuclear e Licenciamento das Usinas Nucleares desde 1978 – avaliação de segurança e fiscalização de Angra 1, 2 e 3. É membro da Associação dos Fiscais de Radioproteção e Segurança Nuclear – AFEN.

Emico Okuno, Brasil – A doutora Emico Okuno possui doutorado em Física e PhD na área de dosimetria das radiações com a técnica de termoluminescência. Tem mais de 40 anos de experiência em Dosimetria das Radiações, Proteção Radiológica e Física Médica. Atualmente é Professora Sênior do Instituto de Física da Universidade de S. Paulo. Tem se dedicado a debater os riscos dos reatores nucleares, questionando informações oficiais sobre o tempo de vida de um reator. Afirma ainda que a energia nuclear é mais poluente – produz mais CO2 – do que a hídrica. O mito da energia limpa deriva do cômputo da emissão de CO2 apenas no reator, mas a Dra. Okuno defende que se leve em conta não apenas a emissão de CO2 no reator, mas em toda a cadeia produtiva para se obter a energia nuclear – ou seja, desde a exploração do urânio na mina, que usa dinamite – até o seu enriquecimento para ser usado no reator como combustível.

Monique Sené, França – Doutora em física das partículas e co-fundadora do Agrupamento de Cientistas pela Informação sobre a Energia Nuclear (GSIEN), associação antinuclear francesa, criada em 1975, da qual é presidente desde sua fundação. Desde 2011 é diretora honorária de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica e presidente do GSIEN. Ela também é vice-presidente do Comitê de Ciência da Associação Nacional dos Comitês e Comissões Locais de Informação (ANCCLI) e membro do Alto Comitê da ANCCLI para a Transparência e a Informação sobre Segurança Nuclear. A Dra. Sené é uma crítica conhecida do programa francês de energia nuclear, disseminando suas preocupações com a segurança, a manipulação dos resíduos nucleares e sua imposição, sem debate público. É coautora do livro “Os dossiês negros do programa nuclear francês”, que denuncia riscos de acidentes nucleares naquele país.

Bernard Laponche, França – Doutor em física dos reatores nucleares e em economia de energia, Consultor internacional sobre energia e eficácia energética, fundador e membro da Global Chance, associação francesa criada em 1992 para estimular a tomada de consciência sobre as crescentes ameaças que pesam sobre o meio ambiente e incentivar um desenvolvimento mundial mais equilibrado. Membro da associação ambiental Técnica, Energia e Meio Ambiente (ATEE). Foi funcionário do Comissariado de Energia Atômica da França (CEA) e ex-Diretor Geral da Agencia Francesa pela Controle da Energia (hoje ADEMA). É membro do Agrupamento de Cientistas pela Informação sobre a Energia Nuclear (GSIEN), associação antinuclear francesa. Participou da construção das primeiras usinas nucleares francesas, até descobrir as reais condições de trabalho e segurança dentro delas. Passou a lutar pela disseminação de informações sobre questões energéticas e segurança nas usinas nucleares.

Vladimir Shevtsov, Bielorrússia – Consultor em consequências sociais e de saúde de Chernobyl, é diretor da Green Cross Bielorrússia, uma organização ecológica sem fins lucrativos, fundada pelo Nobel da Paz e ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev para atender as vítimas de Chernobyl, tanto nos aspectos sociais quanto de saúde. Foram colhidos dados de famílias vítimas do acidente de Chernobyl em três países: Bielorrússia, Ucrânia e Rússia. A GCB tem uma base de dados com informações de mais de 30.000 residentes da área de Chernobyl. O Dr. Shevtsov foi o responsável pelo acompanhamento médico das vítimas de Chernobyl na Bielorrússia, e organizou programas de reabilitação de crianças vítimas nos três países.

Alfredo Pena-Veja, França – Alfredo Pena-Vega é um sociólogo do Instituto Interdisciplinar de Antropologia Contemporânea (IIAC) (CNRS/EHESS) do Centro Edgar Morin (CNRS) e leciona na Universidade de Nantes. Tem realizado trabalhos em socioecologia sobre a percepção de desastres e sobre os problemas ambientais resultados de contaminação radioativa de Chernobyl e territórios contaminados da República da Bielorrússia, Ucrânia e Japão (Fukushima). É o responsável científico de vários programas de investigação sobre as consequências socioecológicas do desastre de Chernobyl, e especialista na percepção de crise e na consciência de desastres sociais. Alfredo Pena-Vega trabalha desde o início dos anos 1990 com Edgar Morin em vários projetos de pesquisa. É diretor científico do projeto “Pacto Global dos jovens pelo clima”, no âmbito da COP21. Também está envolvido em um projeto de pesquisa sobre jovens insulares e a crise da Europa.

Fonte: Assessoria

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