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Apple lidera ranking de gigantes da internet que mais investem em energia limpa

5 minutos de leitura

Por Suzana Camargo 

Via Conexão Planeta

Pelo terceiro ano consecutivo, a Apple, companhia criada por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne, em 1976, aparece em primeiro lugar num ranking de investimentos em energias renováveis elaborado desde pelo Greenpeace.

“Clicking Clean: Who is Winning the Race to Build a Green Internet?” analisa o desempenho energético de empresas do setor da tecnologia da informação (TI). Estima-se que a energia utilizada pelo segmento já consome 7% da eletricidade global. Não há como se surpreender com o fato porque é fácil imaginar o volume de energia necessário para colocar em funcionamento a imensurável troca de e-mails, mensagens, fotos e downloads de vídeos e música ao redor do planeta. A estimativa é que, até 2020, o tráfego de informações da internet triplique no mundo.

O relatório produzido pelo Greenpeace este ano mostra que a Apple é atualmente a empresa mais comprometida com a responsabilidade ambiental ao tentar reduzir ao máximo sua pegada de carbono, ou seja, a emissão de gases de efeito estufa, principais responsáveis pelo aquecimento global.

No estudo, a Apple recebeu nota máxima “A”. Em suas operações, 83% da energia utilizada é proveniente de fontes renováveis (solar, eólica, hidráulica, biomassa). Logo abaixo, estão Facebook (proprietária também de WhatsApp e Messenger) e Google, também com “A”. A companhia de Mark Zuckerberg pontuou 67% no ranking de energia limpa, já o líder de buscas na internet, Google, aparece com 56%.

Segundo o Greenpeace, Apple e Google não somente têm mantido o compromisso de chegar a 100% de uso de renováveis, mas exercido um papel importante ao influenciar governos e toda cadeia de fornecedores a seguir seus exemplos.

Uma das novas companhias a ser analisada pela pesquisa, feita desde 2009, é a americana Switch, que no ranking que analisa o uso de fontes renováveis supera a Apple, com 100%. Entretanto, a empresa é bem menor do que as concorrentes e atua ainda somente nos Estados Unidos.

As corporações asiáticas são as que mostram pior performance em “Clicking Clean: Who is Winning the Race to Build a Green Internet?”. Baidu, Tencent, Alibaba.com e Samsung crescem exponencialmente, mas não conseguem diminuir a dependência na energia produzida a partir de combustíveis fósseis e poluentes, como o carvão. A região do norte e sudeste da Ásia (China, Japão, Coréia, Filipinas e Indonésia), onde estão localizados os centros de dados e produção destas empresas, é a maior emissora mundial de CO2.

O investimento em energias limpas é essencial para o setor de TI. Só a transmissão de vídeos online, o chamado streaming, consumiu uma quantidade enorme de dados, em 2015, algo em torno de 63% do tráfego global da internet. Em 2020, esta porcentagem deve pular para 80%.

O objetivo do ranking do Greenpeace é dar maior transparência às ações do setor de tecnologia e estimular as empresas a advogar em favor das energias limpas e sustentáveis. No início de dezembro, noticiamos neste outro post, o anúncio do Google de que a partir deste ano, todas as operações globais de dados e os escritórios da companhia terão sua demanda energética suprida 100% por renováveis .

Agora é cobrar para que outras companhias façam o mesmo e que governos façam seu papel ao incentivar e criar mecanismos facilitadores que ajudem o setor a se tornar ambientalmente responsável.

 

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