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Jandaíra: polinizadora da Caatinga, do Pantanal e da Mata Atlântica

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jandaíra
O extrativismo predatório e o desmatamento descontrolado reduziu o número de colônias silvestres da espécie

A Jandaíra (melipona subnitida) é uma abelha de cabeça preta, tórax marrom, ligeiramente aveludado, e abdômen preto. Ela se distribui em estados que abrigam o bioma Caatinga, a região do Pantanal e, também, manchas da Mata Atlântica. A espécie não possui ferrão e, por isso, é dócil e pode ser criada em jardins, sem a necessidade de um manejo complexo, que dispensa o uso de macacões, fumegadores e outros equipamentos.

Polinização: A Jandaíra é responsável por 30% a 60% da polinização de plantas nativas, como a jurema preta, marmeleiro e pau ferro. Sua conservação é de extrema importância devido a sua função na perpetuação da floresta e manutenção da biodiversidade.

Produção: O mel da Jandaíra possui um sabor especial, com uma coloração que varia de acordo com a flora. A produção, em condições normais de clima e florada, pode chegar a 1,5 litros de mel e custar até R$ 120,00 por litro. Por isso, é uma boa opção de incremento à renda familiar.

Benefícios à saúde: No Nordeste, o mel da Jandaíra tem fama e status de ser “medicinal” na cultura popular. É aplicado sobre feridas, conjuntivites e outras doenças de origem bacteriana. Existem estudos que comprovam a efetividade da aplicação tópica desse mel sobre feridas causadas por ratos.

Programas de preservação: O projeto “No Clima da Caatinga”, no Nordeste, envolveu 3.300 famílias em 40 comunidades na restauração florestal, e capacitou mais de 282 pessoas na criação de abelhas sem ferrão. Foram distribuídas quase 200 colônias de Jandaíra em 16 comunidades para incentivar a preservação da espécie.

No Pantanal, a Ecoa desenvolve o Programa Oásis, tendo a conservação de polinizadores como objetivo central. É uma iniciativa que promove por meio de pesquisa científica, campanhas e medidas junto as famílias locais – incluindo a produção de mel, de forma sustentável, como alternativa geradora de renda –, a salvaguarda e a conservação das espécies de abelhas e outros polinizadores. A produção é realizada por famílias do Pantanal, de assentamentos rurais e também de fazendas, com assistência técnica da Ecoa, e é ecologicamente adequada. No Assentamento Bandeirantes, em Miranda/MS, as mulheres lideram a produção, gerando ganhos econômicos, ambientais e sociais.

Foto de capa: Fabia Pereira | Via: Embrapa

Com informações de “Conheça a abelha responsável pela polinização da Caatinga, do Pantanal e da Mata Atlântica

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