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Capacitações permitem que ribeirinhos ampliem colmeias no Paraguai Mirim

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Embrapa

 

Mais uma etapa da capacitação em apicultura de uma comunidade ribeirinha foi desenvolvida de 20 a 22 de setembro. Cerca de 15 pessoas acompanharam um curso avançado na Comunidade São Francisco, no Paraguai Mirim. Parte do mesmo grupo já havia sido capacitada de 29 de fevereiro a 4 de março e acompanhou dias de campo entre 23 e 26 de maio deste ano.

A capacitação é uma iniciativa conjunta da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Ecoa, Sindicato Rural de Corumbá, Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Feams (Federação de Apicultura e Meliponicultura do Mato Grosso do Sul). A capacitação em apicultura e meliponicultura foi demandada pelos ribeirinhos em 2015, de acordo com o pesquisador Vanderlei dos Reis, da Embrapa Pantanal.

Desta vez os instrutores foram o próprio Vanderlei e o presidente da Feams, Gustavo Nadeu Bijos. Além deles, três representantes da Ecoa, Ademir Marques de Almeida, Vanessa Spacki e Natália Ziolkowski, também participaram neste evento com ações de outros projetos desta ONG.

As tecnologias transferidas estão relacionadas à segurança e limpeza do apiário, uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), multiplicação de colônias, uso de complexo de vitaminas e minerais para a alimentação de abelhas (exclusivo para colônias em crescimento), além da incrustação de cera alveolada em quadros e de ninhos extras nas colônias mais populosas para possibilitar o possível aumento da produção de mel.

Vanderlei explicou que, mesmo sem novas capturas na natureza, o grupo já tinha seis colônias e, a partir do treinamento, passou a contar com oito. “Interessante é que estão conseguindo reproduzir material biológico conhecido – colônias menos defensivas e mais produtivas, por exemplo – e fixam essas características no plantel”, afirma o pesquisador.

Outra atividade importante realizada durante a capacitação foi a limpeza da área do apiário. A retirada de galhos, folhas, plantas com espinhos e outros materiais do local, além de tapar os buracos existentes, facilita o manejo e garante a segurança dos apicultores.

Segundo o pesquisador, a velocidade com que a atividade vem se desenvolvendo e o interesse dos ribeirinhos envolvidos chamam a atenção. “Toda a tecnologia foi transferida neste ano e eles já perceberam que a apicultura é uma prática mais estável e com maior valor agregado que outras ocupações econômicas que tradicionalmente realizam em suas comunidades.”

Vanderlei diz ainda que uma nova capacitação deve ser programada ainda para este ano. O tema deve ser a produção de abelhas rainhas. Durante a nova visita à comunidade, é provável que a equipe auxilie na localização de outro local adequado para a implantação de um novo apiário em área vizinha, já que o atual deverá estar com a capacidade de 15 colmeias completa ou ao redor desse número naquela ocasião.

 

 

 

 

 

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