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Dragagens, retiradas de curvas e outras intervenções: os danos ao Pantanal propostos pelo EVTEA da Universidade Federal do Paraná

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Alcides Faria, biólogo e diretor executivo da Ecoa

O Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) anunciou em sua contratação em 2015, que iria realizar um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia Paraná-Paraguai HPP), no Pantanal, que todos os maiores rios da Bacia do Alto Paraguai (BAP) seriam estudados para avaliar suas potencialidades como vias de transporte e viabilizar o empreendimento, mas ao final o que apresentou ficou longe disso.

Com o propósito de se garantir a eficiência do transporte hidroviário por um período mínimo de 90% do ano, o EVTEA indica intervenções como dragagens, retirada de curvas acentuadas e de obstáculos artificiais.

Um estudo que custou milhões para chegar a conclusões duvidosas

Uma análise básica da dinâmica hidrológica e hidráulica plurianual da Bacia do Alto Paraguai e da planície pantaneira não permite, de nenhuma maneira, garantir a realização de obras que garantam canais permanentes por mais de 90% do tempo nas condições fixadas pela Universidade. Contam, por exemplo, com “janelas” de águas baixas, mas que não ocorre todos os anos.

Em 2011 e 2014 ocorreram a prevalência de águas altas com duração excepcional no ano – 2018 tudo indica que se repete. Como operariam equipamentos nestas situações, considerando que os trabalhos devem ser realizados em “janelas” fixas?

É impossível se determinar algo em meio a tantas variantes. Quem arcaria com os custos da não realização das dragagens e permanência dos equipamentos?

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