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Onda de calor no Brasil: o efeito de temperaturas extremas sobre nosso corpo

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Crédito: reprodução Freepik

Via BBC Brasil

– Mato Grosso e Mato Grosso do Sul devem ser os estados mais afetados;

– A situação é particularmente perigosa devido à sua extrema intensidade;

-Calor extremo pode afetar a saúde e alguns cuidados são necessários para evitar o mal-estar.

Uma massa de ar excepcionalmente quente vem fazendo várias regiões do Brasil enfrentar temperaturas mais altas que o normal em pleno inverno.

No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, Estados que devem ser mais afetados, é possível que os termômetros marquem 45ºC.

Especialistas apontam como possível causa desse fenômeno o aquecimento global, causado pelo acúmulo crescente de gases causadores do efeito estufa na atmosfera, graças à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento.

Embora algumas regiões do Brasil frequentemente experimentem altas temperaturas durante o mês de setembro, e os brasileiros estejam geralmente mais adaptados ao calor em comparação com populações de países europeus que enfrentaram desafios semelhantes nos últimos meses, a situação é particularmente perigosa devido à sua extrema intensidade.

Riscos para a saúde

Estar exposto a um calor intenso pode causar alterações no organismo, que oferecem riscos à saúde. Quando somos expostos a temperaturas extremas, nosso corpo usa mecanismos para tentar se resfriar. Ele começa a suar e dilata os vasos sanguíneos para soltar calor, mas se o tempo estiver muito quente e úmido, o mecanismo de resfriamento do suor pode não ser suficiente, levando ao superaquecimento corporal, insolação e possíveis danos aos órgãos.

De acordo com Lucas Albanaz, coordenador da clínica médica do Hospital Santa Lúcia de Brasília, como nosso corpo começa a fazer mais esforço para funcionar, uma das consequências é o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Outra possibilidade é a desidratação e com ela chegam sinais que vão desde câimbras à sede intensa e fadiga. Sintomas mais graves como tonturas, náuseas ou vômitos também podem aparecer e caso a pessoa não consiga aliviar o calor, o quadro pode evoluir para choque térmico, com quadro de confusão mental, convulsões, seguindo para falência de múltiplos órgãos e morte.

Segundo um relatório da revista científica Lancet, a mortalidade de pessoas acima de 65 anos relacionada ao calor aumento cerca de 68% entre os períodos de 2000 a 2004 e 2017 a 2021.

Prevenção e cuidados

Para aliviar o mal-estar causado pelas altas temperaturas, o primeiro passo é manter-se hidratado e, se possível, em ambientes frescos. Outras dicas incluem fazer refeições leves, que são digeridas mais facilmente e não sobrecarregam o organismo, evitar álcool e cafeína – que contribuem para a desidratação, e proteger o corpo com protetor solar, chapéu e óculos.

Caso alguém apresente sinais de delírio, inconsciência e convulsões, chame ajuda médica imediatamente.

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