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Rios do Pantanal: Bacia Hidrográfica do Rio Aquidauana

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rio aquidauana

Localização: A Bacia Hidrográfica do Rio Aquidauana abrange, aproximadamente, 21.369 km². Localizada nas porções norte e centro-oeste do estado de Mato Grosso do Sul, a bacia nasce na Serra de Maracaju, na região norte do estado, e deságua no rio Miranda, na região do Pantanal. Ao longo desse caminho, percorre uma extensão de 620 km. O baixo e parte do médio curso do rio Aquidauana estão inseridos no Pantanal sul-mato-grossense, enquanto o alto e a outra parcela do médio curso pertencem ao domínio do Cerrado (SEPLAN-MS, 1990).

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Colônia de Pescadores (Z18) de Anastácio – MS durante mutirão de limpeza do Rio Aquidauana (Foto: Colônia de Pescadores Z18)

Municípios: Os municípios da bacia são Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Maracaju, Miranda, Nioaque, Rio Negro, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos (Agência Nacional de Águas, 2016). 

Economia no rio Aquidauana: As atividades econômicas ao longo da bacia são bastante dispersas e diversificadas. As áreas de predomínio de soja, de cana-de-açúcar e de eucalipto apresentaram crescimento, principalmente no médio e alto curso do rio Aquidauana. Por outro lado, a expansão das pastagens plantadas em substituição às áreas de cobertura vegetal natural têm se destacado. Há um processo de reestrutura que acompanha uma nova divisão do trabalho e valorização local. Nesse cenário, a região tem se consolidado para o agronegócio, principalmente na produção de carne bovina e na atividade turística, especialmente o ecoturismo (Joia et al., 2017). 

Outros pontos relevantes: O rio Aquidauana possui afluentes pouco expressivos em extensão, sendo os principais o ribeirão Taquaruçu, o rio Dois Irmãos e o rio Cachoeirão, todos afluentes da margem esquerda. Os brejos, os córregos e o leito do rio já mostram sinais preocupantes de assoreamento, com a erosão dos solos conservados de forma insuficiente (Ferraz, 2006). O rio apresenta uma qualidade aceitável da água, devido aos parâmetros de turbidez, baixo oxigênio, teor elevado de fósforo e número de coliformes termotolerantes, em razão dos afluentes poluídos por agroindústrias (IMASUL, 2012). 

(Foto de capa: Nathália Ziolkowski)

Esta publicação faz parte de um levantamento sobre as sub-bacias da Bacia do Alto Paraguai para a formação de um Mapa Interativo:

Visualizar mapa na tela inteira

Este levantamento foi realizado por Nathália Rocha. Nathália é graduada em Ciências Biológicas (UFMS) e Mestranda em Ecologia e Conservação (UFMS). Atuou como pesquisadora na Ecoa entre 2019 – 2020 no Programa Oásis de Conservação de Polinizadores e na Agenda de Infraestrutura e Energia.


 

Referências – rio Aquidauanae: 

Agência Nacional de Águas. 2016. Relatório Hidrológico. 

Ferraz, R.G.B. 2006. Antropização da Bacia Hidrográfica do Rio Miranda: Alterações climáticas, recursos naturais e desenvolvimento. Dissertação de Mestrado. Universidade Católica Dom Bosco. Campo Grande, MS.

Joia, P.R.; Anunciação, V.S.; Paixão, A.A. 2017. Implicações do uso e ocupação do solo para o planejamento e gestão ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Aquidauana, Mato Grosso do Sul. Interações, v. 19, n. 2, p. 343-358.

Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul/IMASUL. 2012. Relatório de qualidade de águas superficiais de Mato Grosso do Sul, 2009/10. Campo Grande: IMASUL, p. 65-107.

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL (SEPLAN-MS). Atlas Multirreferencial do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: SEPLAN/IBGE, 1990.

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