Texto originalmente publicado em: 20/11/09
Identificar, coletar e higienizar os melhores exemplares de bocaiuva. Esse foi o conteúdo do curso de higienização de bocaiuva recebido pelo Assentamento Bandeirantes na última quinta-feira (12 de novembro). Participaram do curso integrantes da Associação de Moradores e Produtores do Assentamento Bandeirantes, sendo a maioria mulheres. Com a safra de 2009/2010 já iniciada, os produtores puderam tirar suas dúvidas quanto a coleta – as características dos melhores frutos a serem selecionados, armazenamento e higienização.
Desta vez o curso foi ministrado por uma das mulheres que já participa do projeto de alternativa de renda “Bocaiuva e outros frutos do Cerrado: Uso sustentável em Miranda”. A palestrante Jussara Xavier é integrante da Associação de Pescadores Artesanais de Iscas Vivas de Miranda e recebeu esse mesmo curso em 2008. Na época o curso foi ministrado pela pesquisadora Darli Castro Costa, do Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
“Foi muito bom esse encontro por que deu pra perceber o que eles já sabem e o que ainda precisa ensinado. Este ano contamos com o pessoal do assentamento na parceria com a coleta de bocaiúva então é muito importante passar esse conhecimento, por que se eles colhem, armazenam e limpam da forma correta, lá na frente, quando a gente for despolpar a bocaiuva, teremos somente os melhores frutos. Todos saem ganhando, eles que fornecem a bocaiuva, nós que “batemos” a polpa e o comprador, que terá um produto de qualidade”, justifica Jussara.
Ao final do curso foram distribuídas polpas de bocaiuva aos participantes para que estes possam testar receitas com o fruto.
Desde o inicio de 2009 o projeto “Bocaiuva e outros frutos do Cerrado: Uso sustentável em Miranda” recebe apoio do Programa de Pequenos Projetos Ecossocias (PPP Ecos) abrangendo o Assentamento Bandeirantes e a Associação de Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda (APAIM). O projeto piloto de frutos nativos do Pantanal e Cerrado como alternativa de renda foi aplicado em 2008 na APAIM (enfocando a bocaiúva)apoiado pelo EGP IUCN NL, com o qual mantém sinergia.