Sidrônio Henrique, do Banco Mundial em Brasília para a ONU News
Após um período de estabilidade econômica, altas taxas de crescimento e redução substancial da pobreza nos anos 2000, o Brasil tem enfrentado um horizonte desafiador.
Luta contra a desigualdade
A crise de 2014-2016, a pandemia de Covid-19 e as consequências da guerra na Ucrânia tiveram um impacto profundo no país, reduzindo o crescimento, aumentando o desemprego e elevando a inflação.
Essas crises foram decisivas em um momento com poucos ganhos na luta contra a desigualdade. As disparidades existentes se ampliaram devido ao impacto desproporcional sobre os mais vulneráveis.
Apesar de uma recuperação incipiente estar em andamento, ela ainda se mostra frágil e está exposta a uma incerteza maior, dada à perspectiva global e os crescentes riscos climáticos.
Olhar para frente sob novo governo
O relatório do Banco Mundial, chamado “Oportunidades para Todos – Notas de Políticas Públicas para o Brasil”, é direcionado a formuladores de políticas públicas e à sociedade brasileira.
O documento traz a visão geral do Grupo Banco Mundial sobre os principais obstáculos que o país enfrenta nessa conjuntura e possíveis caminhos a seguir para enfrentá-los.
Ao olhar para frente sob um novo governo, o Brasil tem a tarefa de garantir a recuperação de choques passados e construir um futuro com oportunidades para toda a população. Nesse sentido, o relatório apresenta uma agenda prioritária em torno de questões de fundamental relevância para a recuperação e a resiliência futura do Brasil.
Economia verde e inclusão econômica
Embasadas por outros sete relatórios do Banco Mundial, entre as principais propostas, o documento destaca:
- Financiar o desenvolvimento de forma sustentável
- Construir oportunidades por meio da produtividade
- Aumentar as habilidades e a inclusão econômica da população mais pobre
- Realizar o potencial do Brasil como economia verde