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Eficiência energética: 5 dicas para o desenvolvimento de projetos

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energia solar telhados

Via ProcelInfo

Melhorar a eficiência energética dos edifícios é algo não apenas desejável, mas necessário. Primeiro para diminuir os gastos durante a etapa de uso e operação. Depois, pela urgência de reduzir impactos ambientais, especialmente a emissão de gases do efeito estufa. Segundo o UN Environment Programme, da Organização das Nações Unidas (ONU), os edifícios consomem globalmente cerca de 35% da energia disponível e correspondem a 38% das emissões de CO2 relacionadas à energia.

Para reduzir esses índices sem implicar aumento significativo do custo da construção, um projeto de arquitetura que tire proveito de técnicas passivas é fundamental. Estamos falando de moradias concebidas de modo que sua geometria, materiais e condições de exposição ao clima aproveitem recursos como a inércia térmica, a ventilação natural e a energia solar, para obter ambientes que promovam o melhor conforto térmico para os usuários com racionalidade.

Confira a seguir algumas recomendações para o desenvolvimento de habitações com bom desempenho no consumo de energia. Elas constam no recém-lançado “Guia de boas práticas de eficiência energética de habitações”, desenvolvido por pesquisadores do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).

Ventilação natural e controle da insolação — No Brasil, a garantia de conforto térmico nas edificações passa, em grande parte, por soluções para amenizar a sensação de calor. Para minimizar a dependência de sistemas de refrigeração artificial, o projeto deve almejar as melhores condições com relação à insolação e à ventilação, contemplando a instalação de lanternins, aberturas para favorecer a ventilação cruzada e de anteparos para os raios solares. O trabalho pode se pautar, também, em estudos e simulações com softwares específicos para analisar as condições da edificação.

Inércia térmica adequada às condições climáticas — Em regiões com clima quente e seco, com alta amplitude diária da temperatura do ar e radiação solar intensa, é necessário projetar habitações com alta inércia térmica. Em linhas gerais, isso implica o uso de elementos construtivos pesados e espessos, com alta capacidade térmica, aberturas protegidas da radiação solar direta e aplicação de material isolante térmico na cobertura. Em habitações situadas em áreas com clima quente e úmido, com baixa amplitude diária da temperatura, a orientação é buscar a menor inércia térmica. Para isso, algumas estratégias válidas são o uso de elementos construtivos leves, ambientes com janelas amplas para favorecer a circulação de ar e aberturas em faces opostas para a ventilação cruzada, entre outras.

Aplicação de subcobertura aluminizada — Uma medida eficaz para adicionar eficiência às edificações é o uso de elementos com baixa emissividade que atuem como barreiras radiantes. Nesse sentido, uma solução recomendada é a aplicação de subcoberturas aluminizadas instaladas sob o telhado. Em alguns casos, segundo os pesquisadores do IPT, essas mantas podem proporcionar a mesma contribuição térmica que a adição de 5 cm de material isolante térmico sobre o forro.

Aquecimento solar de água — Os sistemas para aquecimento de água com o aproveitamento dos raios solares podem melhorar bastante o desempenho energético das edificações. Para tirar o máximo proveito desta tecnologia, é necessário seguir algumas diretrizes para instalação dos equipamentos. Entre elas, a distribuição dos coletores em local não sombreado na direção do norte geográfico. Também é fundamental que o dimensionamento da área coletora seja proporcional ao volume de água quente demandado para a habitação.

Automação predial — Outra ação para reduzir o consumo de energia elétrica em edificações é a instalação de dispositivos automatizados. É possível adicionar tais elementos, por exemplo, para abrir e fechar janelas em função de condições ambientais. Também há possibilidade de reduzir desperdícios com a programação de luminárias para serem acionadas em função da disponibilidade de luz natural e da presença de pessoas.

 

 

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