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Seminário discutirá uso de agrotóxicos, impactos e fluxos de denúncia

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O II Seminário Estadual de Agrotóxicos: boas práticas e responsabilidades organizado pela Comissão Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos de Mato Grosso do Sul, a qual a Ecoa também integra, acontece nos dias 4 e 5 de outubro na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O evento tem como objetivo discutir os impactos, contaminação e monitoramento do uso destes produtos químicos. Para isso, haverão palestras e oficinas a tratar das temáticas.

O evento é realizado com apoio do Ministério Público Federal (MPF/MS), Ministério Público do Trabalho (MPT/MS) e demais órgãos ambientais, pesquisadores e representantes da sociedade civil que compõem a Comissão, além do Centro Integrado de Proteção e Pesquisa Ambiental (Ceippam), Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), UFMS e Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio).

No ano passado, durante o Seminário sobre abelhas e agrotóxicos, a Ecoa foi convidada para integrar a Comissão, em razão do seu Programa de Conservação de Polinizadores, Oásis. A relação com o Programa está, principalmente, nos resultados de pesquisas científicas que associam os pesticidas conhecidos como neonicotinoides com a mortandade de abelhas em várias partes do mundo.

A considerar que o Brasil é o país que mais consome agrotóxicos e o Mato Grosso do Sul encontra-se em sétimo entre os estados brasileiros, com uma média de uso de 12,68 kg de agrotóxico para cada hectare de área plantada, segundo relatório do Ministério da Saúde, a situação é grave para as abelhas e outros polinizadores e isto tem impactos diretos na economia, sociedade e no meio ambiente.

Com o propósito de promover a salvaguarda das regiões ainda livres de agrotóxicos como o Pantanal e a conservação de espécies que realizam um importante papel para a manutenção da biodiversidade, pelo serviço da polinização, a Ecoa, por meio do Programa Oásis, contribuiu para a elaboração da cartilha “Como denunciar os impactos dos agrotóxicos à saúde, ao meio ambiente e nas atividades produtivas?” que será lançada durante a abertura do evento no dia 4 às 19h e, em breve, estará disponibilizada para download no site. Em setembro deste ano, o Ministério Público Estadual (MPE/MS) instaurou um inquérito civil para apurar a mortandade de abelhas na cidade de Dourados, possivelmente decorrente dos agrotóxicos aplicados nas proximidades de apiários.

E os impactos dos agrotóxicos vão muito além, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estima que no país a cada caso notificado de intoxicação por agrotóxicos, existem 50 não informados, o que evidencia as lacunas existentes no processo de denúncia e reforça a necessidade de tornar mais claro a população como fazê-la.

Informações sobre inscrições e a programação do evento podem ser acessadas aqui. O seminário será realizado no auditório da Secretaria Especial de Educação a Distância e Formação de Professores (Sedfor) da UFMS.

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